Inflação na Argentina cai em fevereiro, mas sobe no interanual

Índice do segundo mês de 2024 foi de 13,2%, abaixo dos 20,6% de janeiro; acumulado dos últimos 12 meses subiu para 276,2%.

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O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) da Argentina divulgou, nessa terça-feira (12), os números oficiais da inflação em fevereiro de 2024. No segundo mês do ano, a alta média nos preços foi de 13,2%, contra 20,6% em janeiro e 25,5% em dezembro.

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Embora tenha apresentado desaceleração no ritmo de avanço mensal, o índice interanual, que leva em conta a inflação dos últimos 12 meses, subiu de 254,2%, calculado em janeiro, para 276,2% em fevereiro.

Os maiores aumentos do mês foram nos grupos de comunicação (24,7%), devido aos reajustes nos serviços de telefonia e internet; transportes (21,6%), pelos incrementos em combustíveis e transportes públicos; e habitação (20,2%), incluindo a elevação nas tarifas de eletricidade, água e gás de cozinha.

A Região Nordeste da Argentina, onde fica a província fronteiriça de Misiones, teve o índice mais baixo de todo o país: 10,9%. Já a capital Buenos Aires registrou aumento médio de 15% no custo de vida de seus moradores.

A taxa abaixo da expectativa do mercado, que previa índice de 15% ou superior, foi comemorada pelo presidente Javier Milei. “Estamos muito satisfeitos. Sabemos que março será um mês complicado, mas em abril poderemos notar melhor a queda da inflação”, afirmou.

Um dos motivos da desaceleração inflacionária, contudo, é a redução no consumo, com acentuada perda no poder de compra da população. Para atenuar o problema e tentar pressionar os fabricantes locais, o governo argentino anunciou a ampliação das licenças de importação de produtos da cesta básica, incluindo itens como a erva-mate.

As previsões quanto ao comportamento da inflação na Argentina pelos próximos meses são incertas, pois dependem de fatores como a capacidade de o governo cumprir sua agenda econômica.

De momento, Milei vem enfrentando dificuldades no diálogo com o Congresso, que questiona o uso da tática do “tratoraço” para tentar aprovar, de uma só vez, medidas com alcance direto em todos os segmentos da sociedade argentina.

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