Lado paraguaio pode declarar emergência por falta de UTI neonatal

Pedido foi apresentado à Junta Departamental do Alto Paraná, órgão equivalente à Assembleia Legislativa, nessa terça-feira (11).

Apoie! Siga-nos no Google News

Por falta de leitos de UTI neonatal, o departamento (estado) de Alto Paraná, cuja capital é Ciudad del Este, analisa a possibilidade de declarar emergência sanitária. O pedido de declaração foi apresentado, nessa terça-feira (11), durante sessão da Junta Departamental, órgão equivalente à Assembleia Legislativa.

Leia também:
Hospital Distrital de Hernandarias terá 16 leitos de UTI

De acordo com os advogados Wilson Benítez e Alice Monges, que atuam em defesa dos direitos da infância, o reconhecimento da emergência poderá facilitar a destinação de recursos e de estrutura para a instalação de leitos no Hospital Regional de Ciudad del Este, o principal centro médico do lado paraguaio da fronteira.

Em paralelo ao pedido levado ao Legislativo departamental, Benítez e Monges enviaram uma nota aos oito deputados que representam o Alto Paraná no Congresso Nacional, para que façam a intermediação, com o Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social (MSPyBS) ou com a diretoria paraguaia de Itaipu, para a criação dos leitos requeridos.

Segundo o jornal ABC Color, há apenas dez leitos de UTI neonatal em Ciudad del Este e municípios vizinhos, sendo seis no Hospital Los Ángeles (mantido por uma fundação) e quatro no Hospital Regional do Instituto de Previdência Social (IPS). A quantidade é considerada insuficiente para a população metropolitana estimada em 650 mil habitantes.

Ao jornal Última Hora, Arturo Portillo, diretor da 10.ª Região Sanitária do Paraguai, reconheceu o problema e apontou que, semanalmente, de cinco a dez crianças (principalmente as recém-nascidas) são transferidas do Alto Paraná para hospitais de cidades como Assunção, Encarnación e Coronel Oviedo.

“Estamos lutando todos os dias, tratando que a instalação dos leitos seja acelerada”, afirmou Portillo, recordando que um contrato anterior teve de ser interrompido por problemas na prestação do serviço. “É evidente que o sistema sanitário precisa de alguns ajustes para dar respostas à necessidade de cada departamento.”

LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.