Morte de Lino Oviedo em acidente de helicóptero completa 10 anos no Paraguai

A população do Paraguai recordou, nessa semana, os 10 anos do falecimento do general da reserva Lino César Oviedo, ocorrido na noite de 2 de fevereiro de 2013. Além de Oviedo, o segurança Denis Galeano e o piloto Ramón Picco perderam a vida com a queda do helicóptero que seguia de Concepción, no Centro-Norte do país, para a capital Assunção.

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O acidente aéreo aconteceu no departamento (estado) de Presidente Hayes, nas imediações do local conhecido como Estancia La Mocha. A hipótese de atentado foi descartada pela perícia, que apontou o mau tempo, com rajadas de vento de até 150 quilômetros por hora, como causa principal.

Então com 69 anos, Oviedo era candidato ao cargo de presidente nas eleições de abril de 2013 pelo partido União Nacional dos Cidadãos Éticos (Unace), fundado por ele em 2002. A legenda surgiu como dissidência do Partido Colorado, do qual o general da reserva foi membro até ser preso, em 1997, acusado de tentativa de golpe de estado.

O falecimento, em 2 de fevereiro de 2013, trouxe uma coincidência de datas, pois foi em uma outra noite de 2 de fevereiro, no ano de 1989, que o então coronel Oviedo recebeu a incumbência de liderar o grupo que efetuou a prisão do ditador Alfredo Stroessner, derrubado do poder após mais de três décadas.

Após os distúrbios políticos que culminaram com o “Março Paraguaio”, em 1999, Oviedo passou parte de seu exílio em Foz do Iguaçu, onde encontrou aliados e manteve parte de sua agenda política. Em 2008, única eleição na qual conseguiu, de fato, concorrer à presidência (Oviedo foi impedido de disputar os pleitos de 1998 e 2003), terminou na terceira colocação, com 22% dos votos.

Após a morte de seu líder, o “oviedismo”, corrente centrada na figura do general, perdeu representatividade no cenário político do Paraguai. Em 2018, por exemplo, o Unace conseguiu eleger apenas um senador, com muitas das lideranças optando pelo retorno ao Partido Colorado.