Espanha liberta paraguaias exploradas sexualmente. Em Ciudad del Este, houve prisões

No total, 13 paraguaias saíram das garras dos traficantes de pessoas. Houve quatro prisões lá e outras duas em Ciudad del Este.

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H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

Investigações na Espanha sobre tráfico de mulheres resultaram no resgate de 13 paraguaias, que eram exploradas sexualmente depois de cair no golpe do emprego na Europa. Quatro pessoas foram presas na Espanha, entre elas duas paraguaias.

Em acordo com a polícia espanhola, a operação teve desdobramentos em Ciudad del Este, onde a Unidade Especializada na Luta contra o Tráfico de Pessoas e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes conseguiu deter duas mulheres que tinham vindo recrutar compatriotas para fins sexuais na Europa, como informa o jornal La Nación.

“Há duas operações em etapa de investigação na Espanha, uma em Cuenca e outra em Huelva. Em ambas nos pediram ajuda internacional”, contou a promotora Carina Sánchez.

“Foram detidas duas mulheres na Espanha e duas no Paraguai, que se encarregavam de recrutar nossas compatriotas para enviá-las à Espanha para serem exploradas”, confirmou, ainda.

As vítimas de tráfico libertadas na Espanha estão sob os cuidados de uma ONG, segundo informa o jornal Última Hora.

DETENÇÃO

As duas mulheres detidas em Ciudad del Este estavam sozinhas, mas as autoridades já tinham a informação de que vieram recentemente da Espanha para o recrutamento.

Uma das suspeitas, de 42 anos, foi detida em casa, no bairro Ivoty, e levada a Assunção, onde a investigação prossegue. Na casa dela, foram apreendidos faturas, documentos e um celular.

A outra, de 36 anos, foi detida no bairro El Puente de Ciudad del Este. Ela teve apreendidos o passaporte e um celular.

A operação, no Paraguai, contou ainda com a atuação das promotoras Claudia Morys, María Isabel Arnold e Nathalia Acevedo. As mulheres libertadas na Espanha estão sob os cuidados de uma ONG, segundo informa o jornal Última Hora.

MODUS OPERANDI

A forma de atrair paraguaias para a viagem à Espanha já é conhecida, como lembrou a promotora Sánchez. As mulheres que vêm da Europa prometem um bom emprego na Espanha e, quando as vítimas chegam lá, se dão conta de que o trabalho é, na verdade, prostituição.

Seus captores dizem, então, que elas precisam trabalhar para pagar a dívida com as passagens.

Recentemente, o H2FOZ publicou matéria sobre o tráfico de pessoas, em que se revelava as “preferências” de nacionalidade das mulheres no “mercado internacional”: brasileiras, argentinas e paraguaias estão entre as mais requisitadas.

Leia:

Brasileiras, argentinas e paraguaias estão entre preferidas dos traficantes de pessoas

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