Pedágio na BR-277: saiba o valor que será cobrado dos motoristas

Com desconto de 0,08% na tarifa e único concorrente, Grupo EPR arrematou a concessão do trecho da rodovia até Foz do Iguaçu.


Com desconto de 0,08% na tarifa e único concorrente, o Grupo EPR arrematou a concessão do trecho da BR-277 entre Foz do Iguaçu e Guarapuava, e um percurso do Sudoeste. O leilão do Lote 6 das concessões foi nesta quinta-feira, 19, na Bolsa de Valores, em São Paulo.

O deságio das tarifas que serão cobradas dos motoristas nas estradas foi irrisório: 0,08%. Esse percentual de desconto foi o aplicado pela arrematante em relação ao valor de referência estipulado em edital, que era de R$ 0,1758. Serão 30 anos de concessão, podendo ser estendidos por mais cinco.

A permissão para o grupo privado administrar as estradas das regiões Oeste e Sudoeste prevê investimentos de R$ 20 bilhões, em 662 quilômetros de pistas, conforme a previsão do governo estadual. Os serviços de duplicação abrangem 70% das rodovias do trecho levado a leilão.

Na BR-277, a concessão com cobrança de pedágio no Lote 6 inclui o trajeto desde Foz do Iguaçu, na fronteira do Brasil com a Argentina e o Paraguai, até Guarapuava. Da Região Central até o litoral, Porto de Paranaguá e Curitiba, a rodovia já havia sido levada a leilão.

O valor do pedágio e a conservação da BR-277 têm implicação direta para Foz do Iguaçu. A cidade é turística, recebendo grande fluxo de visitantes que utilizam o modal rodoviário, além de ser um centro logístico de cargas e comércio internacional, abrigando o maior porto seco da América Latina.

Valor em pedágio que será cobrado dos motoristas na Região Oeste:

  • São Miguel do Iguaçu:

Preço do edital: R$ 15,75
Valor da tarifa (desconto de 0,08%): R$ 15,73

  • Céu Azul:

Preço do edital: R$ 13,71
Valor da tarifa: R$ 13,69

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  • Cascavel:

Preço do edital: R$ 13,65
Valor da tarifa: 13,63

Os valores deverão ser cobrados no primeiro semestre de 2025.

Pedágio e duplicação

Uma das previsões do edital que institui o pedágio é a conclusão da duplicação da BR-277 entre Foz do Iguaçu e Cascavel, trecho de grande movimento de veículos e transporte de cargas. Também estão previstos viadutos e outras intervenções para melhorar o fluxo e aumentar a segurança da via na fronteira.

Conforme a gestão estadual, o pedágio de São Miguel do Iguaçu teve desconto de 38,3% se comparado com a antiga tarifa, reajustada a valores atuais. Em Cascavel, pelos cálculos do governo, a redução seria de 34%. Dos investimentos programados, R$ 12,6 bilhões deverão ser em grandes obras, e R$ 7,4 bilhões para manutenção.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) afirmou que o eixo da BR-277 será o de maior volume de obras de todos os seis lotes do pacote de concessões rodoviárias do Paraná. “Isso significa que vamos promover um dos maiores investimentos em infraestrutura da América Latina no Oeste e no Sudoeste paranaense, levando mais segurança viária e produtividade para o estado”, declarou.

Grupo EPR

Será o segundo lote de rodovias operado pelo Grupo EPR no Paraná. Em setembro de 2023, ele ficou com o Lote 2 em leilão e também opera, desde o começo do ano, rodovias em Curitiba, litoral, Campos Gerais e Norte Pioneiro. Agora, a empresa soma às suas operações as regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.

(Com informações da Agência Estadual de Notícias)

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4 Comentários
  1. Rodolfo Diz

    Caríssimo para uma rodovia que tem mais da metade duplicada. Trecho Cascavel xFoz.

  2. Herbert Diz

    Não entendi, se existe um valor por quilometragem, acredito que deve ser cobrado um valor específico por trecho. O valor de São Miguel para foz deveria ser proporcional a distância. E mesmo falando que inclui o trecho até a Argentina, que não faz o menos sentido no meu ver, não daria o valo cobrado. Como sempre o povo que paga a conta, a gorjeta, e a propina.

  3. Alexandre Diz

    Licitação com apenas uma empresa participante não deveria ser aceita, e prova disso, foi o valor ofertado para desconto na tarifa: irrisório 0,08%. O mais interessante também, foi o lote 3 que houve quatro empresas, mas a que levou foi a que já operava no trecho em concessão passada e que admitiu publicamente ter pago propina para não realizar obras.

  4. Luiz Diz

    Por ser uma BR, a 277 volta a ser pedagiada. Será que o governo federal tem algo a ver com isso? Desde o início dos pedágios, duplicaram pouco mais de 70km dos quase 140km apenas até Cascavel, apesar de terem arrecadado uma fortuna, sem nunca emitirem nota fiscal nos postos de pedágio.
    A roubalheira na cara dura voltou.
    O brasileiro tá ferrado, pois já paga imposto que deveria ser usado na manutenção das rodovias e não é. Bitributação parece ser a regra do governo.
    Pena termos um rico e lindo país, mas que é habitado pelo povo mais covarde do planeta.

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