
O Dia da Árvore, comemorado em 21 de setembro, é um chamado à reflexão sobre a importância das florestas para a vida, bem como para as consequências negativas do desmatamento. Em Foz do Iguaçu, os ipês, símbolos da força da natureza – desabrocham em dias secos e frios, no outono e inverno – colorem a cidade de Foz do Iguaçu de junho a outubro.
O ipê-roxo é a árvore-símbolo de Foz e floresce entre junho e fim de agosto; os amarelos, de agosto a setembro. Entre os meses de agosto e outubro é a vez é do ipê-branco. Rosa, o el-salvador, é pouco menos frequente na cidade e desabrocha em outubro.
"Pode haver pequenas oscilações de ano para ano no período de floração dos ipês em função de fatores ambientais diversos e das próprias condições das árvores", explica o engenheiro agrônomo Domingos da Costa Ferreira Júnior, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), que é mestre em Agronomia. "É comum verificar ipês de flores de cores diferentes floridos em um mesmo momento", completa.
Com copa exuberante nos meses mais quentes, o ipê
contribui para o conforto climático dos centros urbanos.
O colorido intenso e vibrante das flores, a ausência de folhas e o grande número de flores dos ipês chamam a atenção da população. É comum ver pessoas pelas ruas e avenidas fotografando e apreciando essas árvores. De forma geral, a floração do ipê-branco dura de 2 a 5 dias, o amarelo e o roxo mantêm as flores por 10 a 15 dias.

Os ipês, informa o engenheiro agrônomo, são afeitos a estações secas e definidas, entre o outono e o inverno, por isso "soltam" suas folhas. "Essas árvores desenvolveram como estratégia de sobrevivência a este período a queda de folhas, diminuindo a perda de água de árvore via transpiração [que nas plantas ocorre pelas folhas] e otimizando a utilização dos recursos hídricos num período de escassez", expõe Domingos da Costa Ferreira Júnior.
Para o ipê, a produção de flores é uma forma de perpetuação da espécie e de resistir ao período seco, "entendido" pela planta como um risco. "Com a seca do inverno, o ipê perde as folhas visando à própria sobrevivência e em seguida produz flores e sementes para garantir a continuidade da espécie, caso ele não resista ao estresse", acentua Domingos.
Pés de ipê
Em 2015, informa a Secretaria de Meio Ambiente, os técnicos do órgão fizeram o último levantamento sobre o número de ipês plantados em Foz do Iguaçu. Eram 4.280 exemplares de ipê-roxo e 500 exemplares de ipê-amarelo, totalizando 4.780 árvores.

Os ipês-roxos são árvores de médio/grande porte, podendo atingir altura superior a 25 metros, dependendo da espécie e do local de plantio. O ipê-amarelo tem de 4 a 10 metros de altura, o branco vai de 7 a 16 metros de altura, e o rosa alcança até 20 metros de altura. O ipê-rosa, diferentemente dos demais, é uma espécie exótica trazida da América Central.
"Ar-condicionado" natural
Gerador de sombra e alimento para diversos animais – pólen/néctar para abelhas, mamangavas e beija-flores, consumo da flor por periquitos – são algumas funções relevantes do ipê para a natureza, aponta Domingos.
Outra característica da planta é tornar mais equilibrado o clima no meio urbano.
"Contribui também para o conforto climático dos centros urbanos, pois os ipês têm copa exuberante durante os meses mais quentes do ano, contribuindo com o sombreamento de áreas e combatendo a formação de ilhas de calor", frisa o engenheiro agrônomo.

Mais ipês
De acordo com a SMMA, o órgão incentiva o plantio de ipês indicando sua utilização em plantas de arborização de novos loteamentos e condomínios. O incentivo, informa a secretaria, também se dá por meio da compensação ambiental, que é a arborização decorrente do corte de árvores.
Conforme a Secretaria de Meio Ambiente, com a retomada das chuvas, em outubro, serão plantadas mudas de ipês em avenidas, trabalho que foi interrompido devido à estiagem. O órgão faz a distribuição da árvore gratuitamente no horto municipal.
Ipês em cores


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