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O Paraguai adere ao padrão de placas de carros do Mercosul. A data? Se não houver atraso, como aconteceu de outras vezes – e também no Brasil -, dia 1° de julho.
O país apresentou seu modelo de placa Mercosul em reunião do bloco no começo do mês passado, conforme ata recém-divulgada, informa o UOL Carros.
Ao contrário das placas brasileira e argentina (no Brasil, é uma sequência de três letras, um número, mais uma letra e dois números; na Argentina duas letras, três números e duas letras), a do Paraguai será uma seqência de quatro letras e três números.
É o oposto da placa do Uruguai, que tem uma sequência de três letras e quatro números. Para todas as placas, o resultado é igual: permitem o mesmo número de combinações.
A escolha do Brasil parece que foi a pior: é difícil, de cara, "dizer" a placa de um carro.
O Paraguai foi o último país a aderir ao novo formato. O Uruguai migrou para a nova placa em março de 2015; a Argentina, em abril de 2016; no Brasil, depois de muitas protelações, entrou em vigor em setembro do ano passado, no Rio de Janeiro.
Agora, é emitida no Amazonas, na Bahia, no Espírito Santo, no Rio Grande do Norte, no Rio Grande do Sul e no Paraná.
Diferenças
A placa paraguaia tem "nanotexto", um item de segurança adicional, visível apenas ao microscópio, que visa a prevenir clonagens e falsificações.
O nanotexto é aplicado juntamente com as inscrições "Paraguay Mercosur", visível nas letras, nos números e na borda, com efeito difrativo (a cor muda conforme a incidência da luz).
O Brasil não usa o nanotexto, mas utiliza as inscrições difrativas, presentes no projeto original, com os dizeres "Brasil Mercosul".
Como todas as placas padrão Mercosul, a do Paraguai tem sete caracteres, com quatro letras e rês números, mas em sequência.
Tem ainda uma marca d´água com as letras "PY" sobre o fundo branco, visível apenas sob determinado ângulo, como elemento de segurança adicional às chamadas "ondas sinusoidais" já utilizadas na versão brasileira. Também é um dispositivo que serve para coibir falsificações.
Holograma
A versão paraguaia tem ainda no lado direito, na parte inferior, abaixo do brasão do país, um código QR Code ao lado de um holograma – o primeiro serve para dar acesso aos dados de registro do veículo e rastreamento da produção, ao passo que o segundo é mais um elemento para prevenir clonagens.
O projeto da placa brasileira previa o holograma, retirado antes de começar a emissão da placa, por questão de custos. Mas a placa Mercosul do Brasil tem o QR Code, que, dentre outras coisas, traz as informações de estado e município de registro do veículo.
O UOL Carros diz que a placa Mercosul brasileira, oficialmente, deve ser adotada em todo o Brasil até 30 de junho.
Porém, o Denatran prevê uma série de alterações no projeto e seu adiamento para 31 de dezembro nas unidades da federação onde ainda não foi adotada.
Dentre as mudanças pretendidas pelo órgão federal de trânsito estão a retirada de elementos de segurança, como as citadas "ondas sinusoidais" e o efeito difrativo nos caracteres e na borda; restrição da emissão da nova placa a carros novos; e alteração na regra de cadastro das empresas fornecedoras da placa de identificação veicular.
A placa Mercosul não foi adotada por mais estados desde a posse do presidente Jair Bolsonaro, que já falou em anular o padrão no país.
De onde é?
Inicialmente, o Brasil pretendia adotar a placa Mercosul com a identificação do estado e município onde o veículo foi registrado. Mas, por questão de custos e pra não fugir do padrão, a medida foi abolida.
Agora, realmente é uma pena que não se saiba de onde é um veículo, principalmente numa cidade turística como Foz do Iguaçu. A "mistura" de carros locais com de outras cidades e estados já não permite que se tenha ideia de quantos são visitantes.
Em caso de acidente e fuga, é quase impossível anotar a placa rapidamente. Com o registro da cidade, facilitaria um pouco.
Ao contrário do Paraguai e Uruguai, principalmente, o Brasil é um país de dimensões continentais. Placa igual pra todos os estados, sem qualquer outra identificação, não parece ser o ideal. Mas voltar atrás, agora, também parece que não dá mais.
Fonte: UOL Carros
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