Pilar da Ponte da Integração já aparece no horizonte, um ano depois da pedra fundamental

No ritmo da construção atual, já é possível ter uma dimensão do que será uma das obras mais aguardadas pela população de Foz do Iguaçu e de todo o Paraná.

Há exatamente um ano, em 10 de maio de 2019, os presidentes do Brasil e do Paraguai, Jair Bolsonaro e Mario Abdo Benitez, lançavam a pedra fundamental da nova ponte entre Brasil e Paraguai, no Marco das Três Fronteiras.

Uma das obras mais aguardadas pela população de Foz do Iguaçu e de todo o Paraná, em agosto do ano passado a construção já ganhava contornos e, hoje, já é possível ter uma dimensão mais real de como será quando estiver concluída.

À época do lançamento da pedra fundamental, a cerimônia reuniu várias outras autoridades e parceiros no projeto, entre elas, Joaquim Silva e Luna, diretor-geral brasileiro de Itaipu, e toda a diretoria da usina.

Lançamento da pedra fundamental, pelos presidentes do Brasil e do Paraguai. Foto Alexandre Marchetti

A construção, que é financiada pela hidrelétrica e gerida pelo Estado do Paraná, faz parte de um rol de obras estruturantes que estão garantindo o crescimento sustentável e ordenado de Foz do Iguaçu, numa parceria entre Itaipu e os governos federal, estadual e local.

Na fase atual, a Ponte da Integração Brasil-Paraguai, que terá em cada margem três pilares de sustentação e um pilar principal, conseguiu um ritmo avançado no lado brasileiro.

Um dos pilares de sustentação, que terá 36 metros de altura, já está em 32 metros e avança 20 centímetros por hora, ou seja, quase 5 metros por dia. Cada um desses pilares tem alturas diferentes. O principal tem ao todo 120 metros. Agora, é possível ter melhor ideia de como será a obra quando estiver pronta.

A nova ponte faz parte de uma lista de obras que antecedem a fase do Programa Acelera Foz, ancorado pelo Parque Tecnológico Itaipu e que conta com vários parceiros de Foz. O programa dará um incremento à economia da cidade e região.

“É a Foz do presente com olho no futuro, apertando firme no acelerador para colocar a cidade-sede da usina no patamar que merece”, diz Silva e Luna.

A estrutura

A Ponte da Integração Brasil-Paraguai, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, terá 760 metros de comprimento e um vão livre de 470 metros, com uma torre de 120 metros de altura em cada margem, além dos pilares de sustentação.

O canal de navegação terá 60 metros. A pista será simples, com 3,7 metros de largura de cada lado, além do acostamento de 3 metros e de calçada de 1,70 metro.

O investimento previsto é de R$ 463 milhões, dos quais R$ 323 milhões serão usados na ponte e R$ 140 milhões nas obras da Perimetral Leste, ligação entre a nova ponte e a BR-277. A previsão é que as obras sejam concluídas até maio de 2022. A construção garante mais de 500 empregos diretos.

A Ponte da Integração aliviará quase que a totalidade do tráfego de cargas da Ponte da Amizade, favorecendo o tráfego de automóveis e ônibus e, em consequência, o turismo de compras em Ciudad del Este.

Com a Perimetral Leste, o trânsito de veículos pesados não utilizará mais as principais vias turísticas e centrais de Foz do Iguaçu, reduzindo o risco de acidentes e diminuindo o percurso para os caminhões.

Pilar avança quase 5 metros por dia. Foto Consórcio Construbase–Cidade–Paulitec

Aeroporto

Outra obra importante que vem recebendo recursos de Itaipu é o Aeroporto Internacional Cataratas. Po meio de um convênio com a Infraero, a usina está investindo na duplicação dos 800 metros de acesso asfáltico que interliga o terminal de passageiros à BR-469 (Estrada das Cataratas) e na ampliação do pátio de manobras de aeronaves.

Já investe, também, nas obras de ampliação da pista de pouso e decolagem, que passará a contar com mais 600 metros de extensão, além de auxílios na iluminação e de navegação, que ampliarão a capacidade de operação do terminal.
 
Depois de concluídas essas obras, o aeroporto de Foz do Iguaçu terá capacidade para receber voos diretos de grande distância, como da América do Norte, podendo se tornar um "hub" aéreo para outros destinos na América do Sul.

“Somente essas duas obras, a Ponte da Integração e a ampliação da capacidade de operação do aeroporto internacional, representarão uma nova onda de desenvolvimento para Foz do Iguaçu e para toda a região. A resposta virá no incremento de negócios e do turismo, este uma vocação natural de Foz”, ressalta o diretor-geral brasileiro de Itaipu. E completa: “É um portfólio de legado para a nossa gente”.

Todo os investimentos de Itaipu, seja em obras estruturantes, reformas, ampliação do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, reestruturação do hospital para atendimento à covid-19, compras de testes PCR para detectar a doença e colocar parte de seus leitos para a população do SUS (sem custos), fazem parte da missão ampliada da empresa que, além de gerar energia elétrica de qualidade, tem o compromisso de impulsionar o desenvolvimento econômico e turístico da região.

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