
O prefeito Joaquim Silva e Luna (PL) assinou o aditivo que prorroga o contrato do ônibus em Foz do Iguaçu, no valor de R$ 165,4 milhões, por dois anos. O termo foi publicado no Diário Oficial do Município, na edição desta quinta-feira, 6.
O valor mensal estimado é de R$ 6,8 milhões para o serviço, que continuará sendo realizado pela Viação Santa Clara. Conforme a prefeitura, a medida é necessária para manter a operação do transporte coletivo, já que a licitação deveria ter sido realizada na gestão anterior, mas não foi.
O modelo segue sendo o de quilômetro rodado, o que implica em transferência de recurso público mensalmente à empresa. A Visac mantém 94 ônibus rodando em horários de pico e deverá adicionar mais quatro em março – há estudos para ampliação.
Contrato assinado por Chico Brasileiro, há dois anos, para que fosse feita a licitação do serviço, o que não ocorreu. Termo impedia prorrogação em 2025.

Aditivo assinado por Silva e Luna, que prorroga a contratação feita por Chico Brasileiro. A gestão atual promete a licitação do serviço em até dois anos; consultoria foi contratada para o estudo e edital.

Silva e Luna e o serviço de ônibus
Em entrevista coletiva, Silva e Luna explicou o motivo da prorrogação do contrato. “É uma medida transitória, porém necessária para não haver a interrupção do transporte coletivo para a população. A licitação devia ter sido feita no ano passado, mas não foi”, disse.
O prefeito afirmou que não haverá aumento da passagem e que a Visac se comprometeu a dotar todos os coletivos de ar-condicionado ainda neste ano. Uma empresa especializada foi contratada em dezembro do ano passado para apresentar o estudo e o edital da futura licitação do transporte coletivo.
Uma conta que todos pagam
Pelas contas da própria prefeitura, hoje o custo mensal do transporte coletivo é de R$ 5,5 milhões, o que corresponde a 570 mil quilômetros rodados. A arrecadação média é de cerca de R$ 2,8 milhões com passagens.
Assim, recai à população, que usa ou não ônibus, arcar com R$ 2,7 milhões mensais, que saem dos cofres públicos para a operadora realizar o serviço. Em 12 meses, são aproximadamente R$ 32 milhões em subsídios por ano.
A administração argumenta que 55% dos passageiros não pagam para usar o ônibus, o que teria relação direta com o subsídio. Ocorre que, em relação a um dos públicos da gratuidade, os estudantes, o benefício de isenção do pagamento da tarifa foi estabelecido para ser suportado pelo acréscimo de arrecadação do estacionamento regulamentado, o Estarfi.
Em 2023, o ex-prefeito Chico Brasileiro elevou em 100% o custo do Estarfi. Devido a uma saraivada de críticas da população, ele apresentou projeto vinculando o aumento do serviço à concessão de passe livre para estudantes.
Um bando de gestores não consegue nem manter um contrato de transporte coletivo. Fica fácil assim, com o dinheiro do povo, vai protelando esses gastos exagerados num transporte de péssimo desempenho.
Lamentável atuação do “novo” prefeito! Muitas promessas vazias como sempre. Chama o General que ele vai resolver!!! Triste a situação política de Foz do Iguaçu e pior para os usuários desse serviço precário prestado para o cidadão Iguaçuense. Povo marcado e povo feliz!!!