Vacinas no Brasil. E o comportamento da pandemia em Foz, Paraná, Brasil e vizinhos

Sobe o número de casos no País, com recorde semanal. E Foz do Iguaçu vai para a liderança no Paraná, em proporção de casos e de mortes por covid.

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Primeiro de tudo, vamos falar de esperança. O Brasil demorou um pouco, mas já está em andamento o Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19. O número de pessoas imunizadas, no final da fase inicial, ainda será baixo: 8 milhões. Mas é um primeiro grande passo.

Já estão em solo brasileiro 2 milhões de doses da vacina Oxford-AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e fabricada na Índia, pelo Instituto Serum.

A vacina desembarcou no Aeroporto de Guarulhos, na sexta-feira, e dali foi levada à Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, para ser encaminhada à Fiocruz, que vai fazer a checagem de qualidade e segurança, além da rotulagem, com informações em português.

A previsão é que ainda neste sábado à tarde a vacina esteja pronta para distribuição a todos os estados brasileiros. A logística será de responsabilidade do Ministério da Saúde.

Ao receber a vacina, no Rio, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que “esses 2 milhões de doses são apenas o início (…) do processo. A encomenda tecnológica prevê 100 milhões de doses para o primeiro semestre”.

Ele disse ainda que, com os 8 milhões de doses, o Brasil já passará a ser o segundo país do mundo que mais vacinou, mas a meta é “a vacinação em massa do povo brasileiro”, conforme reportagem da Agência Brasil.

PARANÁ JÁ VACINOU 57.200 PESSOAS

Em todo o Estado, 43% das doses de vacina distribuídas já foram utilizadas. Foto Rodrigo Felix Leal/AEN

As secretarias municipais de Saúde do Paraná vacinaram 57.200 pessoas contra a covid-19 até as 17h30 de sexta-feira (22), o que representa 43% das 132.771 doses distribuídas pelo Governo do Estado, segundo balanço da Secretaria de Estado da Saúde.

De acordo com o levantamento, as 57.200 aplicações foram divididas entre 40.509 profissionais de saúde, 3.125 vacinadores, 4.366 indígenas e 9.200 idosos asilados, profissionais cuidadores e pessoas com deficiências severas.

EM FOZ, FORAM APLICADAS 1.196 DOSES

Idosos do Lar dos Velhinhos e de outras instituições já estão imunizados. Foto PMFI

As equipes da Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu já vacinaram 1.196 pessoas, entre os profissionais da linha de frente no tratamento e os idosos abrigados em casas de repouso – todos os 90 idosos do Lar dos Velhinhos já foram vacinados. Em 25 dias, eles receberão a segunda dose do imunizante.

Até sexta-feira, 22, eram esses os números de imunizados: Hospital Municipal Padre Germano Lauck (457 profissionais de saúde), Hospital Ministro Costa Cavalcanti (251), Hospital da Unimed (107), Lar dos Velhinhos (90), Unidade Básica de Saúde Padre Ítalo (82), Casa de Repouso Novo Gileade (55), Residência Inclusiva (44) e Siate (32).

No Lar dos Velhinhos, símbolo do atendimento a idosos em Foz, foram vacinados 59 idosos e 39 colaboradores, 100% do público programado para a imunização.
Foz assume liderança do Paraná em proporção de mortes pela covid-19

JORNALISTA É UMA DAS VÍTIMAS DA COVID-19, EM FOZ DO IGUAÇU

Os dados referentes às últimas 24 horas, sobre a covid-19 em Foz, ainda não foram divulgados pela Vigilância Epidemiológica.

Mas já se sabe quem foi uma das vítimas: o jornalista Plácido José de Oliveira, de 60 anos, que morreu na madrugada deste sábado, no Hospital Costa Cavalcanti.

Plácido, 30 anos dedicado ao turismo, perde a luta contra a covid. Foto Sindhotéis

Todo o setor ligado ao turismo, em Foz, lamentou a perda do profissional, que há três anos exercia o cargo de diretor-executivo do Sindicato de Hotéis, Restaurante, Bares e Similares de Foz do Iguaçu e Região.

O corpo de Plácido será velado na Capela I do Cemitério São João Batista e o sepultamento será em Curitiba, em crematório, no domingo, 24.

A regional de Saúde de Foz assumiu a liderança do ranking paranaense na incidência de mortes por 100 mil habitantes, ultrapassando a regional Metropolitana. São 106,6 a cada 100 mil moradores de Foz e dos oito municípios da regional, quando a média paranaense está em 80,1 mortes por 100 mil.

Aqui sempre falamos: quanto mais casos, mais mortes. É uma matemática simples, não importa qual o índice de mortalidade da covid.

Pois, depois de permanecer semanas a fio em 1º no ranking de casos, no Paraná, agora a regional de Foz tem mais uma triste liderança.

A incidência está em 7.802 casos a cada 100 mil habitantes, ante 4.442 da média paranaense.

Foz, líder: estado de emergência pelo número de casos e de atenção pelas mortes.


PARANÁ MANTÉM QUEDA MÓVEL DE CASOS E DE ÓBITOS

O Paraná registra 515.025 casos e 9.222 mortes, até sexta-feira, 22. Os recuperados somam 379.394 (74%). Há 672 pacientes internados em enfermaria e 662 em leitos de UTI.

A média móvel de casos, no Paraná, está em 2.357 nos últimos sete dias, uma queda de 23,3% em relação há duas semanas. Já a média móvel de mortes teve um decréscimo de 27,3%, na comparação com duas semanas atrás: são 31 mortes por dia.

No ranking brasileiro, o Paraná permanece em 6º lugar em casos e em 8º em mortes. Entre os estados do Sul, tem menos mortes e casos que o Rio Grande do Sul; e mais casos, mas menos óbitos, na comparação com Santa Catarina.


NO BRASIL, AINDA MORRE MAIS DE 1.000 POR DIA. E CASOS SEMANAS SÃO RECORDE

O Paraná, no ranking brasileiro: 6º em casos, 8º em mortes.

O número de casos de pessoas diagnosticadas com a covid-19 no Brasil subiu para 8.753.920. Nas últimas 24 horas, os estados notificaram 56.552 novos casos da doença-19. Na sexta (21), o número de pessoas infectadas desde o início da pandemia estava em 8.697.368.

De acordo com o último boletim epidemiológico da covid-19, o Brasil bateu o recorde de casos semanais da doença.

Já o total de mortes em decorrência da pandemia do novo coronavírus atingiu 215.243. Entre quinta e sexta, foram confirmados por equipes de saúde mais 1.096 vidas perdidas para a doença. O painel do Ministério da Saúde trazia 214.147 óbitos. Ainda há 2.869 falecimentos em investigação por equipes de saúde.

Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado nesta sexta-feira (22). O levantamento é feito a partir das informações sobre casos e mortes enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

Ainda há 943.906 pessoas com casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde. O número marca aumento de mais de 40 mil pacientes em observação em relação a quinta, quando estavam nesta condição 902.480 pessoas. Já se recuperaram da doença 7.594.771 pessoas.

Na lista de estados com mais mortes, São Paulo ocupa a primeira posição (51.192), seguido por Rio de Janeiro (28.592), Minas Gerais (14.010), Ceará (10.311) e Pernambuco (10.152).

As unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (819), Acre (846), Amapá (1.022), Tocantins (1.338) e Rondônia (2.085).

PARAGUAI NEGOCIA VACINAS E CONTABILIZA CASOS E MORTES

A primeira quinzena de janeiro foi o pior período da pandemia, no Paraguai. Foto publicada no Última Hora

O governo paraguaio garante que está com “98% de probabilidades” de assinar acordos comerciais com duas empresas para a compra de vacinas, mas não informou quais são.

Enquanto as vacinas não chegam, o país vive uma triste estabilidade: números se mantêm num patamar alto de casos e de mortes.

A primeira quinzena de janeiro registrou mais de 200 mortes. Em 31 de dezembro, havia o registro total de 2.262 óbitos. Em 15 de janeiro, eram 2.479; e no dia 21, 2.571, informa o jornal Última Hora.

A exemplo do que houve em Foz do Iguaçu, o Paraguai também registrou recordes de casos nas duas primeiras semanas de janeiro, e a provável causa é a mesma aventada para a situação em Foz: as festas de final de ano, em especial as clandestinas.

O Paraguai somava nesta sexta, 21, 126.370 casos e 2.385 óbitos.

ARGENTINA MANTÉM-SE COMO UM DOS PAÍSES COM MAIOR TAXA DE MORTALIDADE

Números não baixam, na Argentina. Foto Agência Télam

São 1.853.830 pessoas infectadas, na Argentina, e 46.575 mortes. E há 3.631 pacientes internados em unidades de terapia intensiva.

As mortes colocam o país entre aqueles com maior índice de mortalidade. A taxa é de 1014,6 mortes a cada 1 milhão de habitantes, superior até mesmo à brasileira, embora o Brasil seja o segundo país com o maior número de mortes. O índice no Brasil é de 1.015,2 óbitos a cada 1 milhão de habitantes, que subiu muito ao longo das últimas semanas.

Primeira a dar início ao plano nacional de vacinação, a Argentina imunizou 300 mil pessoas, com duas doses da vacina russa Sputnik V.

Assim como no mundo todo, a esperança dos argentinos está na vacina. Foto Agência Télam

O plano do governo argentino é vacinar este ano mais de 25 milhões de pessoas, com a aquisição de 51,4 milhões de doses (administradas em duas vezes), o que representa quase 85% da população com mais de 18 anos, segundo a agência Télam.

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1 comentário
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