
Por enquanto, fica como está a questão de o Paraguai importar carros usados. À semelhança do acordo entre Paraguai e Argentina, a importação vai continuar até que haja uma futura negociação no Mercosul onde se apliquem novas exigências ambientais, de saúde pública e de segurança.
O acordo Brasil-Paraguai está em processo de redação e tradução oficiais, para ser assinado na segunda semana de dezembro.
Com a Argentina, o Paraguai assinou acordo em outubro. Falta ainda o acordo para o Uruguai, com o que ficariam assentadas as bases para a integração do setor automotivo sob as regras do Mercosul.
A ministra de Indústria e Comércio do Paraguai, Liz Cramer, e o chanceler Antonio Rivas Palacios anunciaram o acordo numa coletiva de imprensa, na manhã desta segunda-feira, 8.
Segundo a ministra, um dos principais pontos do acordo está o incremento do Índice de Conteúdo Regional (ICR), que é o percentual do que é feito no próprio país.
O índice atual é de 40% de conteúdo regional, para o Paraguai, que deve ser aumentado para 50% num prazo de sete ano.
O incremento do índice regional resultará num aumento de exportação das autopeças paraguaias, que em 2020 se estima que atinja US$ 350 milhões e em 2027 alcance US$ 750 milhões.
O acordo igualmente estabelece um acesso preferencial de exportação de mil veículos com índice regional reduzido. Isto se aplica a ambos os países, mas o Brasil deverá contar com 35% de ICR o Paraguai com tratamento diferenciado de 30%.
Liz Cramer destacou que este índice permitirá que empresas montadoras iniciem um processo de exportação com boa competitividade.
O acordo permitirá que o Paraguai se integra ao regime automotor do Mercosul, setor da indústria que tem o maior desempenho econômico e que mais gera empregos na região.
Comentários estão fechados.