
H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
O H2FOZ noticiou, com base em site argentino, que dentro de 45 dias táxis e veículos de turismo terão uma via exclusiva para atravessar a Aduana da Argentina, com uso de cartão magnético. Veja aqui
Um motorista de táxi iguaçuense fez questão de escrever ao site para lembrar que não é uma facilidade nova. E nem gratuita.
Na verdade, os táxis e vans já têm preferência para atravessar a Aduana da Argentina. Quando há filas, eles podem passar pelo acostamento, no chamado "corredor turístico". A novidade, portanto, é o uso de cartão magnético.
Todos os carros de placas vermelhas, disse a nossa fonte, pagam uma taxa anual para usufruir do corredor turístico. Carros de sete lugares pagam 3 mil pesos (R$ 262, na cotação atual); vans e ônibus pagam 4.500 pesos (R$ 393).
Não é um valor baixo. Os carros de profissionais argentinos, segundo La Voz de Cataratas, pagam 1.500 pesos (R$ 131). Isto é, trocadilho à parte, a Argentina usa "dois pesos e duas medidas" em relação aos veículos de lá e os de cá.
De acordo com o portal, no total 2.500 profissionais do volante passam pela Aduana quase diariamente. Do Brasil, seriam 800.
Considerando uma média entre carros menores e vans e ônibus, a arrecadação anual, só com os veículos do Brasil, deve chegar a R$ 300 mil. Somando-se ao que é cobrado dos argentinos, certamente o dinheiro paga o investimento na instalação dos equipamentos para o cartão magnético.
"Na verdade, não ganhamos mordomia, mas sim pagamos por ela, porém esse corredor não está sendo separado, pois muitos particulares usam", criticou o motorista ao H2FOZ.
O motorista disse que não dá pra considerar a cobrança "indevida", mas que "é meio questionável". "Nós movimentamos a cidade de Puerto Iguazú e ainda somos obrigados a pagar por um serviço que seria supostamente público."
E finalizou: "Enquanto isso, os argentinos vêm ao Brasil, pintam e bordam e ninguém fala nada".
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