Políticas públicas precisam dimensionar o problema a ser enfrentado com indicadores quantitativos e qualitativos. Sistemas de informação são necessários para a análise e, consequentemente, para a definição de ações eficientes, que vão desde as paliativas ou prioritárias até as estruturantes, bem como para a aferição de resultados.
Com um crescimento visível nos espaços públicos, a população em situação de rua de Foz do Iguaçu permanece subnotificada. É uma reivindicação de profissionais e representantes de organizações sociais que atuam no atendimento. Quantas pessoas estão nessa condição? Quem são elas?
Dados oficiais, com base no cadastro de acesso a benefícios sociais do governo federal, mostram que atualmente são 848 pessoas em situação de rua na cidade — aquelas que acessaram algum serviço. No entanto, esse número pode ser três vezes maior, estima o Movimento da População de Rua e de Humildes.
Paulo Cordeiro, representante do movimento, afirma que Foz do Iguaçu pode ter 2.500 pessoas em situação de rua, em entrevista ao programa Marco Zero. E aponta para as complexidades decorrentes do fluxo fronteiriço entre Argentina, Brasil e Paraguai.
Em busca de traduzir o tamanho do desafio, compreender melhor a dinâmica da fronteira e mapear serviços, Foz do Iguaçu acaba de promover um fórum trinacional. Nele, foi oficializado o Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Municipal para a População em Situação de Rua (CIAMP Rua).
Esse instrumento já havia sido instituído em nível federal há quinze anos, em 2009, pelo Decreto n.º 7.053. Trata-se de um colegiado que deve monitorar a ação governamental, contemplando representantes da população em situação de rua como forma de participação e controle social.
Monitorar e avaliar são imperativos, mas inadiável é a necessidade de respostas das políticas públicas, que vão da ampliação de equipamentos e serviços, como o Centro Pop e o Consultório de Rua, à garantia de alimentação e apoio para o retorno ao mercado de trabalho. E moradia, a prioridade para a população em situação de rua.
Necessita é de ação. A única coisa que o governo fez em todas as áreas foi criar grupos de trabalhos, que não trabalham, consomem os poucos recursos com diárias e passagens e ao final produzem um relatório daquilo que se havia sido constatado antes de criar os grupos.
Essa população de rua, não são de Foz do Iguaçu, mas sim, estão nas ruas da nossa cidade, pois mais de 95% deles são de outras cidades. A maioria vem pra cá pois segundo eles, a dogra é barata. Outro dado importante que as pessoas não sabem é que mais de 90% deles recebem bolsa família, a nova mania entre eles agora é fazer emprestimo no pagamento do auxílio, podendo pegar uns R$ 4.000, 00 pra pagar em 24 vezes, todos que recebe tem esse direito.