Bolsa de Valores: é hora de investir?

Por conta do forte investimento em inovação e da expansão do meio digital, hoje as empresas tecnológicas estão na liderança do mercado global e apresentam valores nunca antes vistos.

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Em uma época em que a tecnologia assume particular relevância no nosso cotidiano, as grandes empresas do setor mantêm o seu crescimento dia a dia, registrando os índices mais altos da maior bolsa de ações do mundo: a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Por conta do forte investimento em inovação e da expansão do meio digital, hoje as empresas tecnológicas estão na liderança do mercado global e apresentam valores nunca antes vistos.

Esse crescimento foi recentemente comprovado no fechamento da Bolsa de Nova York, em que o índice Nasdaq 100 consagrou seu terceiro recorde consecutivo, valorizando 1,13% e chegando a 9.924,75 pontos. Após uma forte quebra em março deste ano — quando todas as bolsas de valores desvalorizaram cerca de 20% em um único dia —, o índice Nasdaq foi o primeiro de Wall Street a conseguir recuperar as perdas registradas até o momento. Isso porque a grande maioria das empresas de tecnologia vem conseguindo crescer significativamente mesmo diante do cenário de crise global. PayPal, Viacom, Lyft, Apple, Microsoft, Amazon, Facebook e Alphabet (grupo detentor da Google) já registram ganhos em 2020, superando as perdas de março, considerado o pior mês do ano.

Composição da carteira faz diferença

A grande diferença do Nasdaq em relação a outros índices é a composição da carteira. Enquanto em outros índices o setor tecnológico ocupa cerca de 20% do espaço, no Nasdaq a participação desse segmento é de 40%. Esse índice inclui, por exemplo, empresas de informática, biotecnologia, e-commerce, tecnologia e telecomunicações. A Stone, fintech de serviços financeiros localizada em Foz do Iguaçu, por exemplo, também está presente no Nasdaq. 

Entre as várias empresas abrangidas pelo Nasdaq 100, o prestigiado quinteto FAANG — acrônimo referente às empresas Facebook, Apple, Amazon, Netflix e Alphabet (Google) — assume particular importância no seu crescimento, uma vez que todas elas dominam o mercado da tecnologia. 

Para se ter uma ideia, as ações da Amazon subiram 75% somente neste ano e, no sentido contrário ao mercado, a empresa já contratou cerca de 100 mil funcionários em 2020. No Facebook, o crescimento das ações nos primeiros cinco meses do ano foi de 42%; na Alphabet chegou a 41%; a Netflix cresceu 28%; e a Apple, cerca de 18%.

Ibovespa ainda demora a se recuperar

Em comparação, o índice Ibovespa está entre os que mais caíram neste ano, e isso tem um motivo claro: das 75 empresas que compõem a carteira, há somente uma de tecnologia, a Totvs, com apenas 0,5% de participação. A grande maioria das participantes são empresas com foco em commodities (grupos JBS e BRF, por exemplo), energia (Vale, Petrobras) ou relacionadas ao setor financeiro (quase 30% da carteira) — justamente os segmentos que sofreram o maior impacto nesses últimos meses. O resultado é que, até o final de maio, o Ibovespa tinha uma queda acumulada de 26% no ano.  

Na opinião de especialistas do setor, o Ibovespa deve levar no mínimo quatro meses para voltar ao patamar mais alto, como o de 23 de janeiro deste ano, quando atingiu 119.528 pontos.

Será momento de investir na bolsa?

Investir em ações é sempre um investimento de risco, mas o que todo investidor deseja é comprar na baixa e vender na alta. Neste momento, quem já tem uma parcela do capital em ações deve se manter na espera, pois as bolsas já começaram um momento de recuperação. No entanto, se você tem algum capital para investir, pode ser o momento certo de comprar algumas ações.

A palavra-chave aqui é conhecimento: mantenha-se sempre informado e poderá aproveitar melhor as oportunidades, compreendendo com clareza quais são os melhores momentos para realizar investimentos.

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