O conjunto de evidências e a justa coerência nos escritos de Pupo-Walquer, fizeram-me contatá-lo, de modos a abraçar essa aliança a favor de Cabeza de Vaca
Rogério Romano Bonato
O maior dentre os pecados sobre a manutenção da nossa história é o descaso. Cometem-se erros de todos os gêneros, desde a falta de atenção para com as fontes documentais, até incoerências, que lamentavelmente assumem a forma da verdade com o passar dos anos.
Tenho alguns exemplos: Alvar Nuñes Cabeza de Vaca nunca relatou haver batizado as Cataratas do Iguaçu como Saltos de Santa Maria. Se não o fez em seus diários de bordo, mais precisamente na obra “Commentarios”, relatada por Pero Hernandez, dificilmente documentaria o feito de uma outra maneira.
A desinformação provoca graves anomalias e pode-se constatar isso, ao acessar os sites oficiais, não apenas do município, como os do governo do Estado do Paraná, onde atribuem frases ao desbravador, que nunca foram formalmente relatadas. História é isso, é fonte documental.
O maior trabalho já escrito sobre a vida e obra de Cabeza de Vaca, foi o elaborado por Enrique Pupo-Walquer, diretor del Centro de Estudios Latinoamericanos e Ibéricos de la Universidad de Vanderbilt (EUA), ele escreveu La vocación literaria del pensamiento histórico en América e também a célebre Historia, creación y profecia en los textos del Inca Garcilaso de la Vega.
ENTRE EM NOSSO CANAL NO WHATSAPP E RECEBA AS NOTÍCIAS NO SEU CELULAR!
https://bit.ly/canal-h2foz
Foi ele quem fez brotar à luz pública, o volume Los Naufrágios, de Alvar. O autor me foi apresentado pelo livreiro Claimar Erni Granzotto, que possui algumas preciosas edições