Orgulho de Foz: pesquisadores levam bandeira da Unila à Antártida

Michel Passarini e William Medeiros chegaram ao continente gelado no último dia 7, para trabalhos científicos do Programa Antártico Brasileiro.

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Dois pesquisadores oriundos da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), que tem sede em Foz do Iguaçu, chegaram à Antártida, no último dia 7, para atividades científicas do Programa Antártico Brasileiro. Logo após o desembarque, Michel Passarini e William Medeiros posaram para foto com uma bandeira da instituição.

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Passarini é professor do curso de Biotecnologia e do Programa de Pós-Graduação em Biociências da Unila, enquanto Medeiros, que hoje faz doutorado na Unicamp, é egresso do curso de Ciências Biológicas – Ecologia e Biodiversidade. Ambos foram selecionados para o projeto MycoAntar, que integra o Programa Antártico Brasileiro.

Os pesquisadores partiram em novembro para uma temporada na Estação Comandante Ferraz, localizada na Ilha Rei George, a 130 quilômetros da Península Antártica. O local, que foi inteiramente reconstruído após ser afetado por um grave incêndio em 2012, é a base brasileira para a produção de pesquisas no continente gelado.

Passarini, que foi um dos entrevistados da série “¿Que Pasa?”, produzida pela Unila, desenvolve pesquisas de biorremediação, processo no qual organismos vivos, como bactérias, fungos e plantas, são utilizados para reduzir ou eliminar um poluente ambiental. Seu foco são os micro-organismos, mais especificamente as bactérias.

Episódio da série “¿Que Pasa?”, produzida pela Unila.

As pesquisas na Antártida, segundo o professor, têm potencial para atender desde a indústria de alimentos até a produção de bioenergia, além do desenvolvimento de medicamentos. “Uma molécula pode ter atividade antimicrobiana [para ser usada no tratamento de] doenças negligenciadas aqui no Brasil”, exemplificou.

O pesquisador ressaltou que as pesquisas na região vêm aumentando e um dos motivos é a necessidade de o Brasil permanecer com sua condição de país consultivo no Tratado da Antártida. “Se a gente não tiver incentivo e reduzir as pesquisas, o Brasil deixa de ser um país consultivo e de tomar decisões sobre o futuro da Antártida”, destacou.

Pesquisadores foram selecionados para o projeto MycoAntar, que integra o Programa Antártico Brasileiro

A expedição é realizada no verão antártico, quando as condições climáticas são menos hostis para a navegação. Entre a partida e o retorno, a viagem pode durar de 30 a 40 dias, com permanência de 20 dias na estação. Todos partem de avião do Rio de Janeiro até Punta Arenas, no Chile. Dali, seguem até a base de navio, cruzando o Estreito de Drake.

(Com informações da assessoria)

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