
Se políticas públicas de meio ambiente permanecem insuficientes, o morador de Foz do Iguaçu pode contemplar a natureza de múltiplas formas. Roteiro lista seis “túneis verdes” de fácil acesso para visitar, guardar as imagens na memória ou instagramar.
“Túneis verdes”
A dica é respirar fundo e calmamente, prestando atenção nos detalhes. A primeira rota fica entre as avenidas Paraná e Felipe Wandscheer, mais precisamente na Rua Gilberto Rolon, próximo à Guarda Mirim.

O “túnel verde” se estende por quase toda a quadra, com árvores dos dois lados da via, lindas nos dias quentes e charmosas quando esfria. São plátanos, conforme Francisco Amarilla, apresentador do quadro É da vida, do H2FOZ.

“Quando caem todas as folhas, dá a impressão de que a árvore está morta, mas não”, explica. A espécie tem o tronco alinhado, em que a cobertura de cascas forma figuras disformes, como desenhos.
A rua bonita atrai comércios diferenciados. Uma loja de conveniência convida à boa conversa na sobra de uma jaqueira. Ao lado, um café especial em uma instalação de madeira única. As portas abertas com uma mercearia de produtos seletos e um estúdio de piercing.
A melhor época para plantar uma árvore foi há 20 anos. A segunda melhor é agora – provérbio chinês
No centro, dá para escolher
No trecho frenético da Rua Edmundo de Barros, no centro, perto de um supermercado, é possível aproveitar os momentos de poucos veículos, motor e escapamento e contemplar as árvores. Basta olhar para cima.
Uma caminhada lenta permite apreciar as árvores e suas formações, quase artísticas. A vegetação é alta, sendo possível olhares diferentes ao descer ou subir a ladeira da via.

A poucos metros, na Rua Naipi, outro “túnel verde” de árvores bem no centro de Foz do Iguaçu. Fica no meio do caminho entre o Colégio Monsenhor Guilherme e o Bosque Guarani.

Mude a direção para a Marechal Deodoro: mais verde, mais árvores, mais ar puro. Esse trecho fica próximo ao Shopping Mercosul, ainda dentro do perímetro central.

Sentido bairro
Saindo da Avenida das Cataratas, mais ou menos aos fundos da Churrascaria Rafain, já em área residencial, as copas de árvores também formam um túnel. A formação é maior ou menor de acordo com as podas.

Do ladinho, há equipamentos para exercício físico em via pública, além da pista de caminhada na avenida. E ciclovia, para quem prefere seguir de bike, que segue até aproximidade do trevo da Argentina.

Rua mais bonita
Não poderia ficar de fora a rua mais bonita do país, que forma um exuberante “túnel verde”. É Avenida Pedro Basso, cartão-postal para quem admira uma bela paisagem.

Além das copas sobre a avenida, as árvores formam seus próprios desenhos, detalhes apreciados por quem segue pela calçada a captar todas as sensações. Os moradores fazem a sua parte.

Em um trecho, um recinto com alimentos para os pássaros. A natureza agradece ao seu modo, com árvores exibidas que se mostram junto ao endereço e na mesma linguagem praticada na mansão convertida em espaço de arte.

Natureza pede proteção
Não se pode falar de meio ambiente sem contextualizar as demandas não atendidas pelo poder público. São espaços que pedem investimentos e proteção real, como o Bosque Guarani e o Parque Remador, só dois de muitos exemplos.

E o que precisa sair do discurso à prática: a implementação integral das diretrizes do Plano Municipal de Mata Atlântica e o plano de arborização, bem como um amplo programa de educação ambiental.
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Somente em fevereiro, em ventanias nos dias 8 e 17, houve 36 quedas de árvores. As plantas não são vilãs, pelo contrário. É necessário impedir podas indiscriminadas ou inadequadas e efetuar o inventário seguido de manejo da arborização.
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