CIBiogás apresenta projetos inovadores no estande da Itaipu Binacional 

1º Microgrid no Brasil, Ernex – o software de monitoramento de energia, e a Central de Bioenergia em Toledo; inovações a favor do produtor rural, do meio ambiente e do consumidor.

Apoie! Siga-nos no Google News

Por assessoria

Na manhã de quinta-feira (7) a equipe de engenheiros do Centro Internacional de Energias Renováveis e Biogás – CIBiogás, contemplou os visitantes do 31º Show Rural Coopavel com avanços tecnológicos desenvolvidos em parceria com a Itaipu Binacional, com o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) e com a Copel. O auditório da binacional dentro do estande propiciou a realização de apresentações relacionadas ao desenvolvimento de pesquisas e e neste contexto, o CIBiogás apresentou três soluções tecnológicas. 

Rodrigo Régis de Almeida Galvão, diretor-presidente do CIBiogás – Foto: Alexandre Marchetti – Itaipu Binacional

O diretor-presidente do CIBiogás, Rodrigo Régis de Almeida Galvão acredita que os projetos apresentados são fundamentais para o desenvolvimento da região, mas também ao meio ambiente. “Estas soluções energéticas transformam o passivo ambiental em ativo econômico. Conferem destinação apropriada dos rejeitos da agropecuária, e representam um avanço tecnológico de relevância nacional, além de oferecer ao produtor rural alternativas seguras de energia e de renda”. 

Microgrid

Larissa Schmoeller – engenheira mecânica do CIBiogás – Foto: Alexandre Marchetti / Itaipu Binacional

A primeira novidade é um marco de inovação no desenvolvimento de distribuição de energia no Brasil. A engenheira mecânica Larissa Schmoeller é responsável técnica pelo Projeto Piloto de Microgrid na Região Oeste do Paraná, e explica que este esquema de arranjo de eletricidade beneficiará o produtor rural em situações emergenciais de queda de energia. 

Larissa conta que será possível atender uma pequena região com microrredes de distribuição elétrica – por isso chamado de microgrid. “Apenas de modo emergencial, enquanto o sistema da Copel se restabiliza”. No caso a geração energética é limpa e produzida por meio do biogás, característica que confere ao produtor rural destinação ideal dos efluentes e rejeitos da produção, redução de custos energéticos e aumento de renda. 

“A principal vantagem é a segurança energética que o produtor vai ter: quando cai a energia ele pode ter problemas e prejuízos, como por exemplo, com a produção de pintainhos. Eles podem morrer pela falta de ventilação, ou pela ausência de aquecimento quando se estiver no inverno”, exemplifica. 

Este projeto oportunizará uma adequação da legislação nacional. Atualmente não há leis que regulamentem este tipo de atividade, e com o desenvolvimento do projeto será possível contribuir para que o Brasil implemente e oficialize este serviço, baseado neste projeto piloto. Larissa, revela que este é o primeiro esquema deste tipo no Brasil, e será implementado na Granja São Pedro Colombari, em São Miguel do Iguaçu, na região Oeste do Paraná.

De acordo com a engenheira, o projeto Microgrid está em execução desde setembro de 2018, e é desenvolvido em parceria com a Copel, recebe apoio técnico da equipe do Laboratório de Automação e Simulação de Sistemas Elétricos, o LASSE do PTI. “Nós ainda estamos na fase de estudos, mas a partir de março deste ano a gente começa a implantar. E depois desta etapa entramos em operação e validação. Aí sim, isso vai para o mercado depois da validação da Copel. E isso é uma inovação tão grande quanto a geração distribuída”, comenta. 

Ernex

Rodrigo Pastl – engenheiro mecatrônico CIBiogás – Foto: Alexandre Marchetti / Itaipu Binacional

O Ernex – Energias Renováveis de Excelência, é um sistema de monitoramento online de plantas de biogás, e também de plantas que utilizam energias renováveis para fabricação de energia, de combustíveis e de energia térmica. O engenheiro mecatrônico, Rodrigo Pastl explica que por meio deste software será possível integrar todas as pessoas de uma propriedade rural que estejam envolvidos na cadeia de produção – desde o produtor ao cliente consumidor no final. 

“Com este sistema de monitoramento o produtor não precisará estar na planta para verificar o andamento da produção. Ele será capaz de acompanhar a produção, prever ações e manutenções por meio do celular.  Isto confere assertividade nas decisões do agricultor”, explica Pastl. 

Inteligência

Sensores serão instalados na propriedade e, por meio da Internet, os dados de produção serão enviados aos servidores do CIBiogás para monitoramento. Pastl exemplifica que será possível verificar parâmetros essenciais para produção, como a temperatura, pressão, entre outras medidas. “Se o produtor souber com rapidez as causas dos problemas ele será mais assertivo e poderá agir de forma mais rápida, evitando prejuízos e desperdícios, tanto de tempo, como de recursos”, conta o engenheiro. O sistema está sendo desenvolvido pelo CIBIogas, em parceria recentemente firmada com a startup de Porto Alegre (RS), chamada Lab 360. “Eles são experts no desenvolvimento de sistemas de monitoramento”. 

Central de Bioenergia em Toledo

A Itaipu Binacional, o PTI e o CIBiogás recentemente firmaram o convênio para implantação de uma Central de Bioenergia no município de Toledo. Esta Central de Bioenergia tem como objetivo centralizar o tratamento de resíduos orgânicos, resultado da intensa atividade de suinocultura na região, com a produção do biogás. 

William Marenda – engenheiro civil do CIBiogás – Foto: Alexandre Marchetti – Itaipu Binacional

Segundo o responsável técnico do projeto, o engenheiro civil William Marenda, esta centralização será numa área de abrangência, então o projeto estará pontualmente localizado numa área rural que ainda está sendo estudada. “A Central irá tratar dos resíduos da área ao entorno desta usina que será instalada. O projeto prevê a instalação da usina com o biogás gerado, com produção de energia elétrica”
 
O produtor rural terá como principal benefício o tratamento adequado dos resíduos e efluentes produzidos em sua propriedade. Após os procedimentos na central, a maior parte da carga orgânica será transformada em biogás, e a restante resultará no biofertilizante, que poderá voltar ao produtor rural. “Ele vai poder usar o biofertilizante como adubo natural para o pasto, campo e lavoura”, explica. 

Planejamento

William explica que o projeto é dividido em quatro etapas. “Nós estamos na primeira etapa, a de estudos, depois será a de desenvolvimento do projeto, implantação e operação”

LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.