Ponte da Fraternidade é liberada para passagem de argentinos e caminhões brasileiros

Via foi aberta apenas para 16 argentinos voltarem ao país; na sequência 50 caminhões que ingressaram no Brasil

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* Denise Paro

O grupo de 16 argentinos que estava em Foz do Iguaçu impedido de entrar no país de origem desde o último sábado, 28, conseguiu cruzar a Ponte Tancredo Neves, na fronteira com o Brasil. na tarde desta sexta-feira, 30. As grades que interrompiam o fluxo de veículos e pessoas na via foram retiradas para a passagem. 

Os argentinos seguiram rumo à aduana de Puerto Iguazú, onde fariam o trâmite legal para ingressar em Puerto Iguazú. Sem poder voltar para casa, eles tiveram que passar duas noites no lado brasileiro, até que as autoridades argentinas liberassem o trânsito. A Polícia Rodoviária Federal – PRF, o Exército, Consulado Argentino em Foz e alguns moradores de Foz do Iguaçu deram auxílio ao grupo repassando alimentos e água, nesses dois dias. 

Nesta segunda, eles estavam acampados no meio da ponte, próximo à barreira, e usavam banheiros situados na aduana, que fica a cerca de 1,5 quilômetro do local. Entre o grupo, alguns são moradores de Buenos Aires. 

Pouco tempo depois da passagem dos argentinos, a Ponte Tancredo Neves voltou a ser liberada para o trânsito de 50 caminhões brasileiros que estavam na Argentina. Na sequência, voltou a ser bloqueada com grades e cones, pela Gendarmeria – polícia argentina. 

A fronteira entre Argentina e Brasil foi fechada no sábado. O fechamento seguiria até amanhã, dia 31, mas o governo resolveu prorrogar para dia 12 de abril.   

Paraguai 

O mesmo drama repete-se com paraguaios em Foz do Iguaçu. Estima-se que há pelo menos 200 paraguaios na cidade sem poder cruzar a fronteira. No último sábado, autoridades paraguaias permitiram a passagem de 155 pessoas que estavam em Foz do Iguaçu. Elas foram encaminhadas para passar o período da quarentena em um abrigo da igreja católica, situado em Ciudad del Este. 

A situação está tensa no país. Agora à tarde, médicos voltaram a fazer um protesto na aduana para pressionar o governo para não liberar a entrada de mais pessoas no país. Eles alegam que não há locais para as pessoas que chegam ao país fazer quarentena. 

 

* Denise Paro é jornalista e professora em Foz do Iguaçu

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