Táxis, aplicativos e piranhas. Ônibus executivo resolverá “guerra” no aeroporto?

Hoje, o passageiro que chega no terminal de Foz pode usar táxi ou Uber. Mas ainda tem os “piranhas” em ação. Ônibus executivo vem em 90 dias.

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No final de novembro, Foz do Iguaçu terá uma linha de ônibus executivo ligando o centro e os hotéis ao aeroporto. É o que disse o superintendente do Foztrans, Fernando Maraninchi, em entrevista na sexta-feira, 30, à Rádio Cultura.

Segundo ele, o Consórcio Sorriso já foi notificado de que tem prazo de 90 dias para instalar a linha, que usará micro-ônibus rebaixados, com ar condicionado e bagageiro.

A tarifa ainda não foi definida, mas, claramente, será diferente da que é cobrada do usuário do transporte coletivo comum, hoje em R$ 3,75.

Piranhas

A vinda de aplicativos como o Uber melhoraram a vida do turista que vem a Foz do Iguaçu, não mais sujeito a utilizar apenas táxis, que tinham tarifas muito elevadas.

Mas a empresa Uber que trate de fiscalizar melhor o serviço. Há "piranhas" que, embora atendam pelo aplicativo, também fazem acertos "por fora" pra transportar os recém-chegados. E pelo preço que bem entendem.

Motoritas de aplicativos ficam de campana no aeroporto, à espera da freguesia. Muitos, claro, atendem pelo aplicativo e cobram aquilo que aparece na telinha.

Mas quem não tem o celular à mão ou ainda não instalou o aplicativo torna-se o cliente preferido de alguns "piranhas".

Uma senhora que voltava de São Paulo, no domingo (1), consultou um deles sobre quanto cobraria por uma corrida do aerorto até a casa dela: R$ 30. Recusou-se. Foi até outro, ali pertinho: R$ 35. "Por esse preço eu vou de táxi", disse a senhora.

Uma mulher que viajara com ela no avião, ao perceber a situação que a senhora vivia, ofereceu-se para chamar o Uber pelo aplicativo. Chegou o veículo, limpo e bem cuidado. Preço da corrida: R$ 17.

Esta mesma senhora que procurava o Uber contou que, no aeroporto de São Paulo, queriam cobrar R$ 120 para transportar sua bagagem, que estava um pouco fora das especificações.

Recusou-se e a bagagem veio de graça mesmo, já que ela preferia deixar os pertences do que pagar esse preço. Mesmo porque tinha comprado a passagem, em promoção, por apenas R$ 132.

São historinhas que ilustram o quanto o viajante, no Brasil, é submetido à exploração e à "esperteza".

Micro-ônibus

Sobre a entrada em operação no aeroporto do micro-ônibus executivo, já não é a primeira vez que sua criação é prometida. A pressão dos taxistas era tão grande que isso nunca se tornou realidade. Mas os taxistas perderam a força, ao batalhar e ter que ceder espaço para os aplicativos de transporte. E, agora, pode ser que venha o ônibus.

É curioso como uma cidade turística tem um transporte tão precário, entre o aeroporto e seus hotéis. Em Curitiba, há muitos anos funciona não apenas o ônibus executivo, como uma linha de ônibus comum (o Ligeirinho) que liga o aeroporto, em São José dos Pinhais, ao centro da capital.

Tem público para o transporte convencional, para o executivo, para os táxis e para os aplicativos. Quem escolhe é o recém-chegado, de acordo com o tempo de que dispõe e das condições financeiras.

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