“Efeito vacina”: menos internamentos e mortes de idosos, em Foz

Na comparação entre os meses de janeiro/fevereiro com maio/junho, caiu 39% o número de internamentos de idosos e 35% o de óbitos.

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Em Foz do Iguaçu, dos 142 óbitos somados nos meses de janeiro e fevereiro, 79,5% correspondiam a pessoas acima de 60 anos.

Em maio e junho (até dia 16), das 172 mortes acumuladas, 51,9% eram idosos com 60 anos ou mais.

A queda na morte de idosos, portanto, foi de 35%, como mostra levantamento da Sala de Situação em Saúde/Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde.

INTERNAMENTOS

A redução foi até maior nos internamentos de pessoas com 60 anos ou mais.

Em janeiro e fevereiro de 2021, os idosos representavam 47,4% do total de pessoas internadas.

Em maio e junho (até dia 16), o percentual diminuiu para 28,6%.

Esse resultado representa uma diminuição de 39% no internamento de idosos, o que significa que menos pessoas da faixa etária mais elevada tiveram complicações com a doença.

OS BEM VELHINHOS

Em Foz do Iguaçu, a vacinação começou no dia 9 de fevereiro, inicialmente apenas para idosos acima de 90 anos.

Na soma dos dois primeiros meses deste ano, a mortalidade por covid, em pessoas acima de 90 anos, representou 23,9% do total.

Em maio e junho (até dia 16), esse percentual caiu para menos da metade: 10,8%.

A mesma situação verificou-se nos internamentos: de 10,4% no primeiro trimestre, em relação ao total de pacientes, diminuiu para 4,4%.

POR ETAPAS

Até chegar à fase atual, em que estão sendo imunizadas pessoas com 48 anos ou mais, o processo foi longo.

Depois dos idosos com mais de 90 anos, no dia 26 de fevereiro foram atendidas as pessoas acima de 80 anos.

Na sequência, com a vinda de mais lotes de imunizantes, a idade dos beneficiados foi baixando. No início de maio, pessoas com 60 anos ou mais podiam fazer o agendamento. Foi necessário mais um mês para chegar à idade atual atendida.

Até chegar aos 48 anos, foi um longo processo. E ainda falta muito. Foto Christian Rizzi/PMFI

INTERNAMENTOS DE MAIS JOVENS

O levantamento mostra que, enquanto diminuíram os internamentos e óbitos de idosos, aumentaram os de pessoas com idades entre 50 e 59 anos, e entre 40 e 49 anos.

Em internamentos, a faixa entre 50 e 59 anos aumentou de 19,8% no primeiro bimestre para 28,5% em maio/junho.

Já as com idades entre 40 e 49 anos, que representavam 16,5% dos internamentos em janeiro/fevereiro, passaram a 20,9% em maio/junho.

De 30 a 39 anos, eram 9,8% em janeiro/fevereiro, passaram a 13,9% do total, em maio/junho.

Entre 20 e 29 anos, ficou praticamente estável: subiu de 4% para 4,9%.

ÓBITOS DE MAIS JOVENS

As mortes de pessoas que antes estavam fora da faixa considerada de alto risco para a doença também aumentaram, na comparação entre os dois períodos.

Em janeiro/fevereiro, 12,7% dos óbitos foram de pessoas com 50 a 59 anos. Esse percentual aumentou para 31,4% em maio/junho.

Na faixa de 40 a 49 anos, eram 6,3% no primeiro bimestre. Em maio/junho, o percentual subiu para 9,7%.

E OS BEM MAIS JOVENS

Os óbitos de pessoas com idades entre 30 e 39 anos representaram 1,4% do total, em janeiro/fevereiro. Em maio/junho, o percentual subiu para 4,9%.

Uma outra faixa de idade, entre 20 e 29 anos, não aparecia percentualmente nas mortes de janeiro e fevereiro.

Em maio/junho, já representam 2,2% do total de óbitos por covid-19.

2020 e 2021

Desde o primeiro óbito, o ano de 2020 somou 276 mortes por covid-19, em Foz do Iguaçu. Este ano, já somando as três mortes registradas nas últimas 24 horas até esta quinta, 17, chegamos a 702 óbitos.

Em 2020, a principal morbidade para a covid-19 era a idade. Ela representava 81,82% da possibilidade de morte.  Este ano, ainda considerando meses sem a vacina, o percentual diminuiu para 66,72%.

PRECISA MAIS!

Quem não acredita que a vacina faz efeito, agora tem alguns números para repensar a descrença.

E quem já acreditava, apenas confirma. Não importa qual é a vacina que o iguaçuense tomou ou vai tomar – Coronavax, AstraZeneca ou Pfizer -, o resultado é que quem se imuniza tem menos chance de ser internado e de morrer.

Quanto mais gente imunizada, melhor pra todo mundo.

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