Com pico à frente, Foz do Iguaçu tem 8.531 notificações e 491 casos de dengue

Jovens entre 15 e 29 anos representam quase um terço das confirmações da doença; Região Norte concentra mais ocorrências.

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A gestão da saúde pública projeta o pico dos casos de dengue em Foz do Iguaçu para os próximos meses de março e abril. Mas os números atuais já são consistentes e colocam a cidade em estado de alerta.

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Dados da prefeitura registram 8.531 notificações e 491 casos confirmados da doença. Os registros são do boletim dessa quarta-feira, 28, abrangendo o período epidemiológico que começou no último mês de agosto.

Em 14% das ocorrências da infecção, o que corresponde a 71 pacientes, a manifestação é de dengue com sinais de alarme, mostra o informe. Há um caso grave até o momento registrado pela epidemiologia municipal.

Entre as regiões da cidade, a Norte, que abrange bairros como Vila C e Cidade Nova, responde por 25% dos casos. Em seguida vem a Leste, do Morumbi e Jardim São Paulo, com 21%. Depois, as regiões Oeste (19%), Nordeste (10%) e Sul (6%).

Em Foz do Iguaçu, a dengue recai mais em mulheres (57%) do que em homens (43%), informa o boletim epidemiológico atual. Por idade, pessoas na faixa etária entre 15 e 29 somam quase um terço das confirmações da infecção.

Casos de dengue em Foz do Iguaçu por idade (*):

  • < 1 ano: 5 (1%);
  • 1 a 14 anos: 99 (20%);
  • 15 a 29: 151 (31%);
  • 30 a 44: 109 (22%);
  • 45 a 59: 76 (15%);
  • 60 e+: 51 (10%).

Dia D contra a dengue

A fim de envolver toda a sociedade na combate à dengue, o Ministério da Saúde realizará nacionalmente o Dia D nacional neste sábado, 2. O objetivo é reforçar as ações de prevenção e eliminação dos focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti.

Uma das mensagens a serem reforçadas na mobilização é que dez minutos por semana bastam para o morador deixar o seu imóvel livre de focos do mosquito transmissor da dengue. O Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, aderiu ao Dia D nacional.

Além da alta dos casos, antes do período de pico, a mudança nos sorotipos circulantes da dengue também preocupa as autoridades sanitárias. “A imunidade para dengue é sorotipo-específica, então a circulação de diferentes sorotipos aumenta o risco de disseminação da doença porque alcança parte da população sem defesas (imunidade)”, explica o Ministério da Saúde.

Sintomas de dengue

O Ministério da Saúde reforça os principais sintomas, como febre alta, acima de 38°C. Outro indicativo é dor no corpo, nas articulações, atrás dos olhos e de cabeça. Os sinais mais comuns ainda incluem mal-estar, falta de apetite e manchas vermelhas no corpo. A infecção pode ser assintomática ou apresentar quadros leves.

“Nestes casos, é indicado buscar a unidade de saúde mais próxima para garantir uma avaliação do quadro e orientação para tratamento adequado dos sinais e sintomas apresentados”, realça o órgão. Em Foz do Iguaçu, a recomendação é para que as pessoas com suspeita da doença procurem primeiro uma unidade básica de saúde no próprio bairro.

(*)Fonte: Divisão de Vigilância Epidemiológica/Sinan On-line. Dados preliminares até 28/2/2024.

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