Balanço da covid-19 em Foz, no Paraná, no Brasil e nos países vizinhos

A doença avança sem piedade em todas as regiões, em maior ou menor grau, com um grande custo em vidas e em recursos públicos.

Apoie! Siga-nos no Google News

H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

Vale o mantra: enquanto não houver vacina, cuide-se. Não há outro jeito. Seja em Foz do Iguaçu, em Ciudad del Este, em Buenos Aires ou em Salvador, a covid-19 continua se espalhando e provocando mortes. Em maior ou menor grau de infecção, de acordo com os cuidados de cada um; e causa mais ou menos mortes, conforme o melhor ou pior atendimento médico.

No Paraguai, a média de recuperação da doença é de apenas 50%, muito inferior às médias de Foz, do Paraná, da Argentina e do Brasil todo. É um dos sinais de que o setor de saúde paraguaio está em situação de precariedade, enquanto a doença avança e já chega a mais de 27 mil casos.

Veja, a seguir, um resumo da situação nas nossas regiões e um rápido panorama da pandemia no mundo.

Em casos, regional de Foz passa a situação de emergência

Regional de Foz “no vermelho”, conforme estatística da Secretaria de Estado da Saúde.

A regional de Saúde de Foz está em situação de emergência, com 50% mais casos do que a incidência estadual. A regional tem 2.004 casos a cada 100 mil habitantes, o maior índice do Paraná (antes, quem estava na frente era a regional de Paranaguá).

Já em número de mortes, o nível é de alerta, já que a proporção é inferior a 50% da incidência no Estado. A regional de Saúde de Foz registra 23,7 mortes a cada 100 mil habitantes, enquanto a média paranaense é de 32,8 mortes a cada 100 mil (a média brasileira é de 62,4 por 100 mil).

A região metropolitana de Curitiba está em situação de emergência, com 51,5 mortes por 100 mil habitantes, ainda assim inferior à média no Brasil.

No sábado, 12, a Vigilância Epidemiológica de Foz confirmou mais 86 casos, que agora passaram ao total de 6.006. Há 5.649 pessoas já recuperadas, número que representa 94% dos casos.

Dos casos confirmados ativos, 191 estão em isolamento domiciliar com sinais e sintomas leves e 89 pessoas estão internadas.

Também no sábado, houve o registro de mais uma morte. Foi o 77° óbito de paciente vítima da covid-19 em Foz.

Média móvel no Paraná é elevada, mas está em decréscimo

O Paraná tem 1.114 pacientes internados com covid-19 confirmada e outros 1.129 que aguardam resultado de exames. Foto Maurízio Bazílio/governo do Rio

O informe da Secretaria de Estado da Saúde divulgou neste sábado (12) mais 2.220 casos confirmados e 20 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus, segundo a Agência Estadual de Notícias.

Após seis meses do registro dos primeiros casos, o Paraná soma agora 151.293 casos confirmados e 3.761 mortos em decorrência da doença.

Há 1.114 pacientes internados com diagnóstico confirmado de covid-19, dos quais 930 pelo SUS (418 em UTI e 512 em leitos clínicos/enfermaria) e 184 em leitos da rede particular (68 em UTI e 116 em leitos clínicos/enfermaria).

Há outros 1.129 pacientes internados, 478 em leitos UTI e 651 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo vírus Sars-CoV-2.

A média móvel é 1.591 casos diários, o que representou uma queda de 7,2% em comparação com 14 dias atrás; em mortes, a média móvel é de 24 por dia, decréscimo de 35,5% em relação há 14 dias.

Do total de casos, 104.110 estão recuperados (69% do total). A letalidade (mortes por número de casos) é de 2,5% no Paraná.

Dos trabalhadores de saúde em geral, 7.440 contraíram o vírus. Destes, 5.927 se recuperaram e 76 morreram.

Brasil mantém média de casos acima de 800 por dia

O balanço divulgado sábado (12) pelo Ministério da Saúde mostra 814 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 131.210 óbitos desde o começo da pandemia.

Entre sexta e sábado, foram registrados 33.523 novos casos, totalizando 4.315.687. Deste total, 3.553.421 (82,3%) são de recuperados, como informou a Agência Brasil.

Segundo o ministério, há 631.056 casos em acompanhamento. A taxa de letalidade está em 3% e a mortalidade/100 mil habitantes está em 62,4. A incidência de casos do novo coronavírus por 100 mil habitantes é de 2.053,7.

São Paulo é o estado brasileiro com o maior número de mortes (32.567), seguido por Rio de Janeiro (16.985), Ceará (8.685), Pernambuco (7.852) e Pará (6.307). Já Roraima tem o menor número de óbitos em decorrência do novo coronavírus (610), seguido de Acre (637), Amapá (678), Tocantins (799) e Mato Grosso do Sul (1.055).

São Paulo também lidera o número de casos, com 890.690, seguido por Bahia (281.665), Minas Gerais (250.190), Rio de Janeiro (240.776) e Ceará (227.075). Os estados com menos casos são Acre (26.148), Amapá (45.789), Roraima (46.348) e Mato Grosso do Sul (58.671).

Situação do Paraná piorou, comomostra o ranking. Está em 12º em casos e subiu para 8º em mortes. Quadro feito pela Agência Brasil

Paraguai apela a serviços de hospitais privados

Mais dois departamentos paraguaios passam a ficar sob quarentena social. Foto Agência IP

O aumento incessante de casos e de mortes, no Paraguai, obrigou o governo a convocar hospitais particulares a ofertar a prestação de serviços em internamentos em terapia intensiva. Estima-se que o setor privado possa oferecer 200 leitos.

No sábado, 12, o país atingiu 27.324 casos confirmados de coronavírus. A covid-19 já fez 514 vítimas fatais.

Há 572 pessoas internadas, das quais 134 em UTIs. O número de recuperados é de 13.679, o que dá um índice de recuperação de apenas 50%.

Por decreto, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, impôs quarentena social nos departamentos de Concepción e Caaguazú, como já acontece em Assunção e nos departamentos Central e Alto Paraná (cuja capital é Ciudad del Este), devido ao aumento de casos de covid-19.

O decreto vigora desde segunda-feira, 13, até o dia 27, e visa reduzir as atividades sociais e diminuir os traslados não essenciais dos moradores.

Os habitantes dos dois departamentos só poderão se deslocar dentro do horário das 5h até 20h, para atividades e serviços imprescindíveis.

Entre outras medidas, os comércios não essenciais poderão funcionar em horário reduzido, das 10h às 19h, sem habilitar áreas comuns.

Em mortes, Argentina sobe um nível no ranking mundial

Preocupação aumenta na Argentina, com a pandemia evoluindo nas províncias. Foto Agência Télam

Há apenas uma semana, como registramos aqui, a Argentina estava em 16º lugar no ranking mundial, em número de mortes. Agora, passou para o 15º, segundo o painel on line da universidade americana Johns Hopkins.

No sábado, a Argentina registrou mais 10.776 casos e 115 mortes. O total de mortes passou a 11.623, enquanto o de casos subiu para 546.481 (o país permanece há uma semana em 10º lugar no ranking mundial). Os casos recuperados somam 409.481, que representam 75% do total (o índice é melhor que o paranaense, mas inferior à média brasileira).

Na Argentina, até agosto, a área metropolitana de Buenos Aires concentrava 90% dos casos ativos, segundo a agência de notícias do governo, Télam. Agora, cresce muito o número de casos nas províncias. Em algumas delas, o aumento foi de mais de 1.000% em apenas um  mês.

Panorama mundial

Quatro países, tanto em casos como em mortes, detêm mais da metade dos números globais.

No mundo todo, a covid-19 totaliza 28.899.698 casos confirmados. A doença já matou 920.808 pessoas.

Somente quatro países somam mais da metade do total de mortes no mundo: Estados Unidos (193.705), Brasil (131.210), Índia (78.586) e México (70.604).

Dificilmente a posição desses países será atingida pelos outros que estão da quinta posição para baixo. Depois do México, vem o Reino Unido, com 41.712 mortes, e a Itália (35.603 mortes).

O mesmo vale para o número de casos, mas com a diferença de que, ao invés do México, está a Rússia.

Do total no mundo, Estados Unidos têm 6.486.469 casos; Índia, 4.754.356; Brasil (4.315.687) e Rússia (1.059.024). Embora esteja em 4º lugar, em casos, a Rússia está apenas em 12º, em mortes, pelas características da pandemia no país, que atingiu mais as grandes cidades, onde a maior parte da população é jovem.

Apesar da vizinhança com os Estados Unidos, 1º em casos e mortes, o Canadá está em 26º lugar em casos e em 15º em mortes (9.220). A boa notícia para os canadenses é que o sábado fechou sem mortes por covid-19, o que não acontecia desde 15 de março.

LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.