Veja se é verdade ou apenas mentira o que circula nas redes sociais

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Em parceria com o Colégio Semeador, trazemos mais um informações sobre o que é falso ou verdadeiro do que circula nas redes sociais.

Antes de divulgar uma informação, procure conferir se ela corresponde à verdade, principalmente em assuntos como saúde pública, em que a desinformação ou o falso conhecimento podem levar até à morte.

Confira:

O ar condicionado espalha ainda mais o novo coronavírus

VERDADEIRO

Está em andamento um estudo referente a disseminação do coronavírus em ambientes fechados e com o ar condicionado ligado. Pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Guangzhou, na China, decidiram investigar o caso por conta de uma contaminação em série que ocorreu em um restaurante.

Após identificar a disposição das mesas dos indivíduos contaminados, os pesquisadores acreditam que a direção do fluxo de ar foi o principal fator responsável pela contaminação.

“Concluímos que, nesse surto, a transmissão de gotículas foi motivada pela ventilação com ar condicionado. O fator chave para a infecção foi a direção do fluxo de ar”, escrevem os pesquisadores.

Contudo, os pesquisadores ressaltam que a pesquisa ainda precisa ser revisada por outros especialistas da comunidade científica. Mas foi divulgada com antecedência devido ao seu caráter informativo no contexto da pandemia.

Priscila Garcia, professora do Colégio Semeador

Robert F. Kennedy Jr. aponta efeitos irreversíveis causados por vacinas contra covid-19

FALSO

Circulou nas redes sociais uma carta atribuída a Robert F. Kennedy Jr. (advogado e ambientalista) com a afirmação acima. A assessoria da Children’s Health Defense, instituição que ele dirige, nega que ele tenha escrito o texto.

“O senhor Kennedy não é médico nem terapeuta. Definitivamente, não é dele [o texto]. Obrigado por entrar em contato conosco sobre isso”, diz o comunicado.

Por outro lado, o sobrinho do ex-presidente americano John F. Kennedy tem, de fato, dado declarações polêmicas sobre vacinas e tem sido criticado publicamente, inclusive, por familiares.

Wanda Isabel Vargas Camargo, professora do Colégio Semeador

Vacinas contra o novo coronavírus contêm nano-chips

FALSO

Dentre as teorias de conspiração, existe uma que fala sobre vacinas chinesas que contêm nano-chips que recebem sinais 5G, que permitem o controle do externo do corpo humano.

Segundo a professora Kalinka Castelo Branco, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, não é possível controlar seres humanos através de microchips usando a tecnologia 5G. É possível, tecnicamente, inserir um chip no corpo humano com uma injeção.

Contudo, as tecnologias usadas atualmente, apesar de permitirem que esses chips recebam informações, não operam com tecnologia 5G e não contém ou alteram de forma deliberada o material genético de uma pessoa.

O próprio Instituto Butantan refuta essa desinformação.

Wanda Isabel Vargas Camargo, professora do Colégio Semeador

A criança é o grande disseminador de covid-19 por ser pouco sintomática. Por isso, é melhor afastá-la dos avós e não levá-la para a escola, mesmo que as aulas presenciais sejam liberadas

PARCIALMENTE VERDADEIRO

Ainda não está bem claro o papel das crianças na transmissão de covid-19. Para as crianças, os riscos são relativamente baixos, pois a evolução virótica dessa infecção é benigna nessa faixa etária. As informações disponíveis também mostram que as crianças não são mais propensas a infectar os outros.

Na Suécia, por exemplo, profissionais que trabalham em berçários e escolas primárias (que não fecharam na pandemia) não pegaram mais o vírus do que outros trabalhadores. Estudos mostram que manter as escolas fechadas afeta o aprendizado e pode não só prejudicar o desenvolvimento físico e mental dos pequenos, como ampliar as desigualdades na educação e nas perspectivas de vida no longo prazo.

A reabertura das escolas ainda é limitada, temos que observar e analisar como estão se desenvolvendo em outros países, para termos um parâmetro para reabertura completa de nossos colégios.

Wanda Isabel Vargas Camargo, professora do Colégio Semeador

Testes para covid-19 foram comprados em 2017

FALSO

Circula pelas redes sociais a informação de que uma base de dados sobre comércio internacional tem registradas compras de kits de testes para detecção de covid-19 feitas em 2017 por governos de vários países.
É mentira. O Banco Mundial, instituição financeira internacional que concede empréstimos a países em desenvolvimento, explicou que o que está circulando é uma informação distorcida sobre o que consta da base on line.

O que houve foi a manipulação de registros de compras antigas de reagentes utilizados para outros tipos de testes – e não para o da covid-19, doença que só foi identificada pela comunidade médico-científica em dezembro do ano passado.

Ou seja, os reagentes comprados pelos países eram para aferição de doenças que existiam em 2017 e não da Ccovid-19, segundo o Banco Mundial.

“É importante esclarecer a desinformação recentemente postada nas redes sociais sobre a rotulagem de dados contidos no banco de dados do WITS. Antes do surto de covid-19, muitos produtos de saúde, que foram rastreados no banco de dados WITS por anos, eram rotulados em termos técnicos. Por exemplo, produtos usados para testes médicos. Quando os kits de testes para a covid-19 foram desenvolvidos, em janeiro deste ano, eles foram classificados pelos funcionários da alfândega usando essas classificações existentes”, diz o comunicado oficial.

Mayra Alves Cordeiro Mayer, professora do Colégio Semeador

O Governo não pode obrigar nenhuma pessoa a se vacinar

FALSO

A frase dita por Bolsonaro e reforçada pela Secretaria de Comunicação diz que “ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”.

Não é verdade. Uma lei assinada pelo próprio presidente, inclusive, abre essa possibilidade ao colocar entre as opções de medidas a serem adotadas para enfrentar a pandemia a vacinação de forma compulsória. O Código Penal já prevê penalidades em caso de recusa.

Mayra Alves Cordeiro Mayer, professora do Colégio Semeador

Imagem de S. Hermann & F. Richter/Pixabay
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