Desde janeiro, oito brasileiros foram vítimas de fraude em lojas de Ciudad del Este

Balanço é do jornal Última Hora, que considera esta situação um “mal endêmico”. Vítimas denunciaram ao Departamento de Segurança Turística.

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O jornal Última Hora noticia que, no mesmo dia em que a Federação de Câmaras de Comércio de Ciudad del Este pediu ao ministro do Interior que sejam adotadas medidas de proteção ao turista, um comprador brasileiro foi vítima de uma loja do microcentro, que se recusava a entregar os produtos que ele havia adquirido.

A denúncia foi feita na sexta-feira, 12, pelo turista brasileiro Thiago Decker ao Departamento de Segurança Turística, que interveio e obrigou a loja – Import Cell Atacados – a entregar mercadorias no valor equivalente ao que ele havia pago, R$ 10 mil, já que o comerciante não tinha os materiais que havia negociado com o comprador.

Última Hora relata que, só em janeiro, houve cinco denúncias feitas por brasileiros ao Departamento de Segurança Turística, contra lojistas de Ciudad del Este, sempre por tentativa de golpe.

Em fevereiro, já há três registros de tentativa de fraude contra turistas. Mas há ainda denúncias não computadas, feitas à 1ª delegacia e diretamente na promotoria. “É um mal endêmico”, diz o jornal.

É por causa disso que o representante da Federação de Câmaras de Comércio, Tony Santamaría, reivindicou ao ministro do Interior, Arnaldo Giuzzio, que sejam instaladas câmaras de vigilância no microcentro de Ciudad del Este, inclusive nas galerias onde há normalmente registro de golpes contra turistas.

Uma das intenções é divulgar as imagens nos casos de fraude para desestimular os maus comerciantes e melhorar a imagem externa de Ciudad del Este, prejudicada principalmente por este tipo de casos, cada vez mais frequentes.

Segundo o Última Hora, há alguns meses funciona uma comissão interinstitucional, formada por representantes do Ministério Público, prefeitura, governo de Alto Paraná, Secretaria Nacional de Turismo e sindicatos de comerciantes, que procura apurar os delitos para que as investigações cheguem a um castigo exemplar dos envolvidos.

Em quase todos os casos de denúncias, os comerciantes são persuadidos por uma equipe formada por promotor e policiais para que cheguem a um acordo com as vítimas. As denúncias, no entanto, continuam sendo investigadas pelo Ministério Público, independentemente dos acordos entre as partes.

A prefeitura já fechou várias lojas, que na maioria não contavam com autorização de funcionamento e foram montadas, presumivelmente, com o fim de aplicar golpes.

O GOLPE

De acordo com o Última Hora, o brasileiro Thiago Decker da Rosa foi à loja Import Cell Atacados para adquirir peças para telefones celulares, pelas quais pagou R$ 10 mil. Depois de esperar uma hora, ele ainda não havia recebido as mercadorias, por isso procurou ajuda da polícia.

Segundo o subcomissário Heriberto Villalba, chefe do Departamento de Segurança Turística, a loja não tinha todas as peças que havia vendido ao brasileiro. Depois da intervenção policial, o comerciante chegou a um acordo com o turista, entregando outras mercadorias até chegar ao valor acertado.

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