Puerto Iguazú intensifica combate ao mosquito Aedes aegypti

Epidemias de chikungunya no Paraguai e de dengue no Brasil preocupam autoridades da cidade argentina.

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Localizada no lado argentino da fronteira trinacional, a cidade de Puerto Iguazú está intensificando suas ações de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue e a febre chikungunya. O motivo é o registro de epidemias simultâneas em Foz do Iguaçu (dengue) e no Paraguai (chikungunya).

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De acordo com o jornal El Territorio, a situação ainda é considerada tranquila na província de Misiones, que tem, até o momento, 63 casos confirmados de chikungunya (dois deles autóctones) e oito de dengue. Os números por município não foram detalhados, mas pelo menos quatro dos casos de chikungunya são de moradores de Puerto Iguazú.

Para prevenir o agravamento do quadro, a Direção de Vetores da prefeitura de Iguazú está promovendo ações de fumigação de inseticida em endereços com casos suspeitos ou denúncias de alta proliferação de mosquitos. Um dos locais que passou pelo processo foi o cemitério municipal, após relatos da existência de criadouros do Aedes aegypti.

Outra providência é o monitoramento ativo de pacientes suspeitos, com o bloqueio epidemiológico das quadras no entorno da residência do possível infectado, para ações como a eliminação de mosquitos adultos e a verificação de potenciais criadouros.

O El Territorio lista, contudo, uma série de queixas apresentadas por moradores dos bairros Obrero, Santa Rosa, Belén, Las Leñas e Villa 14, a respeito de terrenos e imóveis públicos e particulares onde há acúmulo de lixo ou mato alto, situações que colaboram para a proliferação de pragas urbanas.

Fronteira

Até a última terça-feira (28), Foz do Iguaçu tinha 1.483 casos confirmados de dengue no ano epidemiológico 2022/2023, com cinco falecimentos. Os moradores infectados com chikungunya, por sua vez, eram 58, de um total de 212 exames com resultados positivos na cidade (cifra que inclui pacientes residentes em outros municípios).

No Paraguai, o departamento (estado) de Alto Paraná já soma mais de 1,5 mil casos de chikungunya, com uma morte. Do total de infectados, cerca de 50% são moradores de Ciudad del Este, onde centros médicos como o Hospital Regional estão enfrentando dificuldades para dar vazão à demanda de atendimentos.

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