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H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
Já faz pelo menos duas semanas que se fala em reabrir o Parque Nacional Iguazú, na Argentina, inicialmente para os moradores locais e da província de Misiones, onde se localiza Puerto Iguazú. Mas até agora nada.
O que já se definiu é que, quando reabrir, será permitida a entrada de no máximo 2 mil visitantes por dia, que deverão fazer os percursos dentro do parque acompanhados de guias de turismo, segundo informa o portal El Territorio, de Posadas, capital de Misiones.
Leopoldo Lucas, presidente do departamento de turismo municipal (Iturem), disse que a inclusão dos guias permitirá definir itinerários de visita bem distribuídos, para que não haja aglomeração de pessoas em nenhum dos circuitos e em nenhuma parte do parque nacional.
A medida, explicou, é porque o interior do parque argentino tem três grandes circuitos de pedestres, com uma extensão combinada de 5,6 quilômetros: circuito superior, circuito inferior e circuito garganta (do Diabo).
Ele antecipou, ainda, que a venda de ingressos será feita apenas pela Internet, para garantir o distanciamento social, evitando filas.
Antes de ser fechado ao público, em 14 de março, o Parque Nacional Iguazú havia recebido cerca de 420 mil turistas, prevendo-se, então, que este ano seria de um novo recorde de visitação, superando o de 2019, quando as Cataratas tiveram 1 milhão 635 mil visitantes, 56% deles argentinos.
Pro comércio, pode ajudar
A reabertura do Parque Nacional Iguazú para os moradores locais terá um impacto mínimo na reativação do comércio de Puerto Iguazúa, segundo Joaquin Barreto, presidente da Câmara de Comércio do município, também ouvido por El Territorio. Ele ressalva, porém, que a reabetura "é uma boa iniciativa social".
Agora, se for estendida aos moradores de toda a província, "poderemos ter um impacto positivo", já que não há previsão de quando as fronteiras serão reabertas ou virão turistas do exterior.
No dia 21 de junho, quando se comemora o Dia dos Pais na Argentina (o país festejava a data em agosto, mas alterou para coincidir com a dos Estados Unidos), o movimento no comércio de Puerto Iguazú foi 50% menor que nesse dia de 2019, disse Barreto.
"Os comerciantes tinham se preparado com uma expectativa maior, mas não imaginamos que seria uma queda tão grande", lamentou.
Joaquin Barreto disse que muitos comerciantes que vieram estabelecer-se em Puerto Iguazú agora estão voltando a suas cidades de origem, devido à difícil situação econômica.
O presidente da Câmara de Comércio contou, também, que os restaurantes, especialmente aqueles voltados aos moradores de fronteira e turistas, permanecem de portas fechadas, para continuar recebendo ajuda do governo.
Em relação às férias de inverno, que oficialmente já começaram, as expectativas são nulas ou mínimas, concluiu Joaquin Barreto.
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