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H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
Esta sexta-feira de feriado, Dia do Trabalhador, veio com jeito diferente: as nuvens fecham todo o céu e prenunciam… prenunciam o quê? Com a palavra, Climatempo,a CPTEC/Inpe, Simepar e Inmet.
Mas, pra dar um adianto, o recadinho é: desencave o guarda-chuva, que deve ter esturricado em algum canto; e ponha algumas peças de roupa quente pra ventilar e tirar ao cheiro de mofo e naftalina.
Agora, aos meteorologistas de cada serviço:
Para os homens e mulheres do tempo do Climatempo, chove na segunda, 4, e na terça, 5. Total nos dois dias: 30 mm. Na quarta, mais 1 mm. A temperatura muda já a partir de sábado, 2. Mínima de 14 e máxima de 24 graus. No domingo, 8 e 25 graus, respectivamente. Na quinta, mínima de 4 graus. Até sábado, 9, temperaturas variam entre 4 e 25 graus. É o frio dando as caras.
O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe), em relação às chuvas, tem previsão quase igual: chuvas isoladas segunda e terça-feiras. Temperaturas em queda. Curiosamente, 4 graus na quinta, como o prognóstico do Climatempo. Até sábado, 9, temperaturas ficam entre a mínima de 4 graus e a máxima de 25 graus (novo empate).
O paranaense Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná – Simepar prevê queda menos acentuada nas temperaturas, de domingo, 2, até sábado, 9: mínimas variam entre 7 (quinta e sexta-feiras) e 16 graus. Máximas oscilam entre 21 (também na quinta) e 29 graus (neste sábado).
Já o Instituto Nacional de Meteorologia, como faz previsões para apenas quatro dias à frente, não serve muito para comparações. Mas também prevê queda nas temperaturas, mais ou menos como as do Simepar, isto é, menos brusca. De sábado a terça-feira, 5, as mínimas variam entre 13 e 21 graus; as máximas, entre 28 e 29 graus. Chuvas? Nem tanto. "Chuvisco" na terça-feira.
Ufa! Vamos então às conclusões. Os quatro serviços de meteorologia preveem redução nas temperaturas máximas e mínimas, em Foz do Iguaçu. Uns mais, outros menos. Mas o certo é: friozinho ou friozão, é o inverno dando sinais de vida, quase em meados do outono. Pra ser exato, são temperaturas normais nesta estação, que também tem direito a veranicos.
Quanto à chuva, felizmente os quatro concordam que elas vão chegar. Seja na forma de chuvisco, seja na forma de chuvas isoladas, seja em quantidade maior, como preveem o Simepar e o Climatempo (para o Simepar, 21 mm na terça), ou pouca coisa, como o CPTEC/Inpe e o Inmet.
Rio Iguaçu
O Monitoramento Hidrológico da Copel, neste sábado, mostra que a vazão nas Cataratas do Iguaçu está em 425 metros cúbicos por segundo (m³/s). Uma melhorada em comparação com os menos de 300 (m³/s) registrados ao longo de quinta-feira, 29, e de sexta-feira, 30, mas ainda assim representam um quarto da vazão normal das Cataratas.
Na região de Curitiba, onde se forma o Rio Iguaçu e onde ele recebe águas de afluentes importantes, há previsão de chuva para os próximos dias, o que é bom. Mas não em volume expressivo, como informam os serviços Simepar e Climatempo.
Secura
Em relação à estiagem, Foz do Iguaçu está empatada com Curitiba: em abril, lá como aqui choveu o total de apenas 39 milímetros. A média histórica para o mês, em Foz, é de 142 mmma, e em Curitiba de 95mm. Recuperar esse volume perdido vai levar tempo, ainda mais que os próximos meses – maio, junho, julho e agosto – são historicamente meses mais secos. Outubro é o mês com registro maior de chuvas (média histórica de 186 mm, em Foz).
Curitiba também passa de maio a setembro pelos meses mais secos (99 mm em julho e apenas 73 mm em agosto). Os meses de outubro em diante são os mais chuvosos.
Onde chove mais?
A maioria das pessoas acha que em Curitiba chove mais que em Foz do Iguaçu, o ano inteiro. A cidade tem menos dias de sol, de fato. Há muitos dias nublados por lá. E, como também há muitos dias de garoa, fica essa falsa impressão.
No entanto, a média anual de chuvas em Curitiba é de 1.484 milímetros, nos últimos 30 anos. Em Foz do Iguaçu, a média desses últimos 30 anos chega a 1.728 mm.
Só que este ano começou bem seco, lá e aqui. E é por isso que o panorama das Cataratas está diferente, com fiapos de água onde jorrava em abundância.
Quanto ao Rio Paraná, o panorama continua exatamente igual. O nível na Ponte da Amizade está em 94,65 metros, segundo o Boletim Hidrológico da Itaipu Binacional. Uns 5 metros abaixo do que seria necessário para desaparecer o leito seco.
Resta torcer para que haja um reequilíbrio.
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