Paraguai elimina restrições por covid-19. Só mantém as máscaras

A partir desta quarta-feira, 22, não haverá mais decretos com medidas sanitárias. As atuais ficam sem efeito.

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A partir desta quarta-feira, 22, não haverá mais decretos com medidas sanitárias. As atuais ficam sem efeito.

O governo do Paraguai não voltará a emitir decretos que estabeleçam medidas sanitárias contra a pandemia de covid-19, anunciou nesta terça-feira, 22, o chefe de gabinete do presidente Mario Abdo Benítez, Hernán Hutteman.

Ficam sem efeito as restrições e determinações sobre locais gastronômicos, eventos sociais, culturais, desportivos e educacionais, destacou Huttemann, conforme o jornal Hoy.

Só uma obrigação permanece: o uso de máscaras em locais fechados e em espaços abertos nos quais não se possa manter distância segura de outras pessoas.

Para os estrangeiros que visitam o Paraguai, também continuará a ser exigido o comprovante de vacinação contra covid-19.

O que era decreto, agora passam a ser recomendações do Ministério da Saúde.

SEM PCR PRA PROFESSOR NÃO VACINADO

As escolas paraguaias não seguirão mais determinações do Ministério da Saúde, e sim do Ministério da Educação. Foto Agência IP

A escolas, onde voltaram as aulas presenciais, serão regidas exclusivamente pelo que determinar o Ministério de Educação.

O ministro de Educação do Paraguai, Juan Manuel Brunetti, informou que serão feitos ajustes nas disposições gerais, mas que, já a partir desta quarta, os professores não vacinados já não precisarão apresentar testes de PCR a cada 15 dias. Mas continuará a recomendação para que se vacinem, segundo o ministro.

O foco do governo, segundo Hernán Huttenan, passa a ser o reforço à campanha de vacinação, para aumentar os índices de pessoas imunizadas contra o coronavírus e, com isso, minimizar o impacto da pandemia.

“Isto implica que a pandemia terminou?”, perguntou o chefe da Casa Civil.

Ele mesmo respondeu: “Não, a pandemia não acabou. Não significa que a situação de emergência sanitária tenha terminado. O que significa é que os esforços do governo vão fixar-se totalmente na vacinação, porque cremos que esta é a chave para sair disso”.

As medidas adotadas pelo Paraguai para combater a pandemia foram decretadas pelo governo paraguaio a partir de março de 2020, depois da confirmação do segundo caso de contágio no país, e sucessivos decretos mantiveram ou ampliaram as restrições.

A SITUAÇÃO HOJE

O último informe do Ministério de Saúde Pública, divulgado na terça-feira, confirmou 929 casos positivos de coronavírus e 38 mortes provadas pela covid-19.

Ontem, havia no Paraguai 709 pessoas internadas, das quais 156 em unidades de terapia intensiva.

Desses 156 pacientes em UTI, 79 não estão vacinados, 45 receberam uma dose e 32 estão com o esquema completo.

Desde o início da pandemia, o Paraguai registra 636.520 casos positivos e 18.237 mortes.

EXEMPLO BRITÂNICO

O Paraguai vai na linha do Reino Unido, um dos países mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, que já deu fim às restrições sociais.

Mesmo sob crítica da oposição, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou na terça-feira (mesmo dia do anúncio paraguaio) o fim do isolamento para casos positivos de covid-19, a partir de quinta-feira, 24, e a suspensão de testes gratuitos para o coronavírus (medida que vigora a partir de abril).

Já em janeiro, Johnson tinha suspendido o uso de máscaras em ambientes fechados e a exigência de comprovante de vacina para acessar discotecas ou eventos maciços.

O primeiro-ministro britânico justificou as novas medidas dizendo que, embora a pandemia não tenha acabado, a “incrível” dispersão das vacinas deixa o país cada vez mais perto de “voltar à normalidade e de “finalmente, devolver a liberdade às pessoas”, sem que elas deixem de se proteger.

Johnson destacou que mais de 71% dos britânicos adultos receberam três doses de alguma das vacinas anticovid, índice que sobe para 93% no caso da população com mais de 70 anos.

Ele recebeu críticas da oposição, da Organização Mundial da Saúde e dos sindicatos de professores, mas, em discurso no Parlamento, disse que “as restrlções têm um custo importante para nossa economia, nossa sociedade, nosso bem-estar mental e para as oportunidades dos nossos filhos, e não temos que continuar pagando este preço por mais tempo”.

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