Bispo de Puerto Iguazú analisa demora para a travessia da fronteira

Para Dom Nicolás Baisi, “a fronteira não deveria ser um muro, mas um lugar de intercâmbio”.

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Para Dom Nicolás Baisi, “a fronteira não deveria ser um muro, mas um lugar de intercâmbio”.

Bispo da diocese da Igreja Católica em Puerto Iguazú desde julho de 2020, Dom Nicolás Baisi disse crer que “a fronteira não deveria ser um muro, mas um lugar de intercâmbio”. Em entrevista à Rádio Yguazú Misiones, o religioso analisou algumas das peculiaridades da região, como a existência de famílias trinacionais.

Na semana passada, Puerto Iguazú sediou um simpósio de catequese e teologia, que teve a participação do bispo de Foz do Iguaçu, Dom Sérgio de Deus Borges, e do bispo de Ciudad del Este, Dom Guillermo Steckling. Embora não estivesse na pauta do evento, a dificuldade para a travessia da Ponte Tancredo Neves entrou em alguns dos debates.

“Há coisas muito simples de fazer e que se a fronteira funcionasse bem seriam mais simples ainda, como uma reunião de clero para colocar-se de acordo em temas de catequese, ação social e vida sacramental, que não são difíceis de fazer e que sempre ajudam, inclusive, levar adiante uma reunião de intercâmbio de experiências”, afirmou.

“A fronteira não deveria ser um muro, mas um lugar de intercâmbio”, frisou o bispo, lembrando que é comum que moradores de Puerto Iguazú tenham familiares no Brasil ou no Paraguai. “Nós temos geografia e cultura bastante parecidas, então poder trabalhar em conjunto é bom, apesar das dificuldades para atravessar a ponte.”

Demora

Durante o recesso escolar de julho no Brasil e na Argentina, a espera média para a travessia da aduana argentina da Ponte Tancredo Neves foi superior a duas horas na maior parte dos dias, o que gerou críticas nos dois lados da fronteira e levou o governador da província de Misiones, Oscar Herrera Ahuad, a cobrar soluções do governo argentino.

Entidades como a Câmara de Comércio de Iguazú (CCI) defendem a adoção do chamado “corredor turístico”, no qual estrangeiros que visitem Puerto Iguazú e retornem ao Brasil ou ao Paraguai no mesmo dia sejam fiscalizados apenas por amostragem. Em ocasiões anteriores, a Direção Nacional de Migrações (DNM) foi contrária a iniciativas desse tipo.

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