Marinha do Paraguai encontra explosivos à beira do Rio Paraná

Artefatos são similares aos localizados no túnel usado para esvaziar o cofre da Associação de Cambistas em Ciudad del Este.

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Militares da Marinha do Paraguai encontraram, na noite dessa quarta-feira (7), artefatos explosivos à beira do Rio Paraná, nas proximidades do limite entre os municípios de Presidente Franco e Ciudad del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu.

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De acordo com o boletim enviado à imprensa, o material é similar aos explosivos deixados no interior do túnel escavado pelos ladrões que esvaziaram o cofre da Associação de Trabalhadores Cambistas (ATC), na área central de Ciudad del Este.

Material estava entre as pedras da margem do rio. Foto: Gentileza/Marinha do Paraguai
Material estava entre as pedras da margem do rio. Foto: Gentileza/Marinha do Paraguai

A área onde estavam os explosivos foi isolada até a chegada de agentes da Polícia Nacional do Paraguai, para análise e remoção segura dos artefatos. Ministério Público do Paraguai e Polícia Federal (PF) do Brasil também foram comunicados sobre o achado.

Em paralelo, continuam as investigações para apurar a identidade dos autores do roubo milionário em Ciudad del Este. O crime ocorreu entre sábado (3) e domingo (4), mas foi descoberto apenas na manhã de segunda-feira (5).

Agentes da Polícia Nacional do Paraguai colaboraram para a remoção segura do material. Foto: Gentileza/Marinha do Paraguai
Agentes da Polícia Nacional do Paraguai colaboraram para a remoção segura do material. Foto: Gentileza/Marinha do Paraguai

De momento, duas pessoas já foram identificadas como suspeitas de participação no golpe, sendo um paraguaio e um brasileiro. Um cidadão argentino, que chegou a ser detido para averiguação na terça (6), foi liberado por falta de provas.

Valor roubado

Passados quatro dias desde a descoberta do roubo, ainda é incerto o valor subtraído do cofre operado por cambistas autônomos de Ciudad del Este, que guardavam no local o dinheiro usado para a troca de moedas nos arredores da Ponte Internacional da Amizade.

Gavetas e armários usados pelos cambistas para guardar dinheiro foram arrombados pelos ladrões. Foto: Gentileza/Ministério Público do Paraguai
Gavetas e armários usados pelos cambistas para guardar dinheiro foram arrombados pelos ladrões. Foto: Gentileza/Ministério Público do Paraguai

Dos 148 cambistas que tiveram suas gavetas e armários esvaziados pelos ladrões, poucos procuraram a Polícia Nacional para formalizar a denúncia. Um dos motivos, segundo o jornal ABC Color, é o fato de que muitos trabalhadores atuam na informalidade, sem registro no Banco Central do Paraguai (BCP).

Veículos de comunicação de Ciudad del Este citam cifras entre US$ 2 milhões (R$ 10 milhões) e US$ 15 milhões (R$ 75 milhões), com diferença elástica entre os extremos. O valor real, contudo, ainda não pôde ser estabelecido.

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