Projeto de universitários do Paraguai ganha prêmio internacional

Iniciativa, que visa aproveitar a disponibilidade de manga em todo o país, foi contemplada com US$ 150 mil no Hult Prize.

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Iniciativa, que visa a aproveitar a disponibilidade de manga em todo o país, foi contemplada com US$ 150 mil no Hult Prize.

O projeto social ReMango, desenvolvido por três universitários do Paraguai, foi um dos sete ganhadores da edição 2021 do Hult Prize, apelidado de “Nobel para estudantes”. O prêmio, no valor de US$ 150 mil, foi entregue na última terça-feira (26) durante evento na Universidade Católica de Assunção (UCA).

A iniciativa foi criada pelos estudantes Paolo Stagni e Gonzalo Martínez, do curso de Economia da UCA; e Ignacio Rotela, de Engenharia Civil. O objetivo é aproveitar a disponibilidade de manga em todo o país para produzir sucos, geleias e outros itens, evitando o desperdício e gerando renda para a população.

Projeto produziu suco usando frutas que, de outra forma, seriam perdidas.

“Agora estamos em uma etapa de muito planejamento, as coisas vão ficar muito mais sérias”, disse Stagni, em entrevista ao jornal Última Hora. “Na temporada passada, fizemos tudo em pequena escala, porque ainda não tínhamos recursos financeiros. Já trabalhamos com coletores e com o processamento de suco em uma pequena máquina.”

No total, mais de três mil equipes de todo o mundo inscreveram projetos no Hult Prize 2021, sendo essa a primeira vez que uma iniciativa do Paraguai é premiada. Os outros vencedores (clique aqui para conferir a listagem) atuam em áreas como criação de alternativas às sacolas plásticas de uso único e empoderamento feminino na África.

Desperdício

Também em cidades como Foz do Iguaçu, a abundância de pés de manga nos quintais e vias públicas faz com que grande parte da produção seja desperdiçada. Em países da Ásia e da Europa, no entanto, a fruta e seus derivados, como sucos, sorvetes e doces, podem alcançar altos valores de comercialização.

A manga é originária da Ásia, sendo considerada a fruta nacional da Índia. A chegada à América do Sul foi no século 16, com os portugueses. Em 2019, o Brasil colheu 1,4 milhão de toneladas, o que coloca o país como o sétimo maior produtor. A exportação brasileira é destinada, principalmente, à União Europeia e aos Estados Unidos.

Divulgação do projeto ReMango.
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