Muitas empresas se interessaram, mas nenhuma propôs nada pelo Centro de Convenções

Prefeitura vai ouvir as empresas e refazer, mais uma vez, o edital de concessão.

H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

Ainda não foi desta vez que a Prefeitura "se livrou" do Centro de Convenções de Foz do Iguaçu (Ceconfi), que já ganhou o apelido de "elefante branco".

Interesse de empresas houve. Mais de 15 baixaram o edital de concessão do Ceconfi, mas nenhuma delas apresentou proposta concreta para assumir o empreendimento. Isto é, nenhuma ofereceu sequer o valor mínimo exigido no edital, de R$ 1.080.000,00, que ainda poderia ser parcelado.

Revisão

O secretário municipal de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Gilmar Piolla, diz que, a partir deste resultado, a Prefeitura de Foz do Iguaçu fará uma pesquisa com as empresas interessadas para entender os motivos, rever as bases e condições do edital e reformulá-lo, para republicação.

Aparentemente, os valores previstos no edital ficaram longe das pretensões da iniciativa privada. Além do lance mínimo, o edital previa também um investimento mínimo, de nada menos que R$ 25,4 milhões. E o cronograma das obras necessárias para adaptação do Ceconfi teria que ser executado num prazo de 36 meses.

O Centro de Convenções de Foz do Iguaçu é um dos maiores do Brasil e está localizado próximo ao Aeroporto Internacional. A área total prevista para outorga é de 95.880,30 m2, descontando-se os 4.119,70 m2 que compreendem a área doada para duplicação da Rodovia das Cataratas, a BR-469. 

A área edificada, que pelo edital deveria ser objeto de revitalização, é de 31.863,43 m².

Isto é, é um elefante branco de grande porte, que hoje praticamente não tem utilização, a não ser para eventos de festas de formatura, por exemplo (raras) e encontros religiosos (mais raros ainda). 

A novela continua.

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