Foz do Iguaçu pode ser conhecida por cidade verde ou dos tocos de árvores

São constantes as reclamações sobre retirada de plantas; arborização é sinônimo de qualidade de vida.

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São constantes as observações e reclamações de moradores sobre a retirada de árvores em Foz do Iguaçu, também acerca da falta de opções e da precariedade de áreas naturais públicas para uso gratuito. E cresce a atenção da população para a importância da preservação de ambientes urbanos.

Árvores são retiradas por particulares em calçadas públicas, com permissão. Áreas inteiras são derrubadas para diferentes empreendimentos, mediante a exigência de replantio, prática que não oferece garantias de fiscalização nem de que as plantas irão vingar. E o crescimento de determinados vegetais pode levar até anos.

Na Vila Yolanda, parte de uma comunidade mobiliza-se, inclusive na Justiça, para manter em pé um bosque de aroeiras, araucárias, paus-brasis e ipês. Retrato do absurdo, a prefeitura alimenta a divisão sugerindo que moradores querem impedir a construção de uma escola. A comunidade quer praça e escola. Simples assim.

A inefetividade do poder público levou à devastação de porção de uma área que abraça e protege grande número de macacos no Jardim Ipê. Do outro lado da cidade, no Porto Meira, lixo e até pneus contaminam o lago do Parque Remador, além de três construções depredadas há tempos que enfeiam o local.

A inquietação de cidadãos sobre o futuro de áreas verdes e de uma avenida resultou em pedidos de tombamento com base na lei do patrimônio cultural e natural. Tramitam solicitações de proteção do Bosque Guarani, Praça das Aroeiras, Bosque dos Macacos e Avenida Pedro Basso, tida como uma das mais bonitas do país por conta de suas árvores.

Arborização é sinônimo de qualidade de vida, incide na percepção da temperatura, atrai pássaros e embeleza a cidade. No lugar em que as plantas não são substituídas por concreto e cimento, a melhor absorção das águas da chuva contribui para impedir alagamentos e enchentes.

De olho no quinhão do ICMS Ecológico, a prefeitura estuda criar unidades de conservação em dez áreas verdes iguaçuenses, medida salutar se garantida a gratuidade da visitação para os moradores. Certo é que ainda há muito a fazer, incluindo uma ação eficaz de educação ambiental.

Para vantagem da gestão local, porém, exemplos se multiplicam. Aqui mesmo, em Foz do Iguaçu, pessoas reunidas em um coletivo plantam árvores gratuitamente pela cidade. Na capital Curitiba, projeto instala colmeias de abelhas nativas sem ferrão nos parques urbanos, criando os chamados “jardins de mel”.

No ano passado, Maringá recebeu o prêmio Cidade Árvore do Mundo por manter grandes áreas arborizadas na região central, representando qualidade de vida da população. A Central Cidade Verde permitia solicitar plantio de árvores em calçadas, sem custo, chamando pelo WhatsApp.

Na mineira Uberaba, proprietários de imóveis com calçadas arborizadas podem conseguir desconto no valor do IPTU. Trata-se de uma maneira de preservar o ecossistema e, ao mesmo tempo, incentivar a população a manter e a plantar árvores em suas residências.

Com seus recursos e belezas, Foz do Iguaçu pode ser cidade verde exemplar. O que se espera é que esse capital seja revertido para o benefício dos moradores, com políticas públicas e ações adequadas. E o que precisa ser evitado é que os tocos de árvores arrancadas passem a integrar o cartão-postal da Terra das Cataratas.

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2 Comentários
  1. Márcia Da Silva Lima Diz

    Será conhecida como toco verde , ou povo que corta as árvores , porque aqui o povo não pode ver uma árvore e corta , misericórdia ….

  2. Anônimo Diz

    Liberaram geral para povo cortar as árvores. Muito triste isso só vejo cortes de árvores e ninguém plantando árvores próximo de onde foi cortado.??

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