Moradores de Foz do Iguaçu lutam para preservar praça na Vila Yolanda

Prefeitura de Foz do Iguaçu quer parte da área para construir escola. Obras estão previstas para começar em fevereiro e implicam derrubada de árvores.

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Moradores da Vila Yolanda lutam pela preservação de uma praça existente há quase cinco décadas em Foz do Iguaçu. Com 102 árvores, a Praça das Aroeiras é um oásis situado próximo à Avenida General Meira onde famílias fazem piqueniques, crianças se divertem e a população tem contato com a natureza. No entanto é justamente nessa área que a prefeitura pretende construir uma escola.

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Os moradores não são contrários à construção, porém solicitam ao município que a instituição seja erguida em outros terrenos existentes no bairro para que a praça seja preservada e árvores não precisem ser derrubadas, incluindo aroeiras, araucárias, paus-brasis e ipês.

O terreno onde hoje é a praça foi doado pela pioneira Irena Kozievitch. São 4.698 metros quadrados de vida verde. Professora universitária e moradora do bairro, Alessandra Hoffmann diz que há outras oito áreas disponíveis para a construção da escola. “A prefeitura tem outras áreas que não é praça, é reserva técnica. Estamos chateados e angustiados com essa situação”, menciona.

Outro morador do bairro, o professor universitário e empresário Rodrigo Guedes conta que os moradores se unem para manter a praça, que é um grande exemplo de preservação ambiental. Eles fazem “vaquinha”, se organizam para cortar grama, plantam e cuidam das árvores. “Uma praça e uma escola não deveriam competir. Nós estamos lutando pela escola e pela praça”, afirma.

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Batalha judicial

A polêmica se arrasta há vários anos, e os moradores chegaram a fazer um abaixo-assinado com 1.265 nomes solicitando ao município construir a escola em outro local. O pedido não foi atendido e levou a comunidade a acionar o Ministério Público.

A Justiça, em um primeiro momento, acatou e suspendeu a licitação que já havia sido lançada pela prefeitura, contudo, em outubro do ano passado, determinou que a decisão seria tomada entre o município e os moradores.

A comunidade alega que o município, sem consultar os moradores, deu sequência à licitação, que já tem uma empresa vencedora. Atualmente a ação está no Tribunal de Justiça aguardando julgamento.

Moradores são responsáveis pela manutenção da praça, uma das poucas com área verde em Foz do Iguaçu. Foto: Marcos Labanca/H2Foz

O QUE A PREFEITURA DIZ?

NOTA OFICIAL

A Escola Municipal Professora Lucia Marlene Pena Nieradka, que desde 2002 funciona embaixo da arquibancada do Estádio Pedro Basso (Flamenguinho), ganhará sua sede em uma área técnica do município localizada no Jardim Eldorado – região da Vila Yolanda.

O terreno possui 4.698 m², e a área construída vai ocupar 1.730m², preservando a área verde do local. Ou seja, os moradores não vão perder a praça, mas poderão ocupá-la de forma compartilhada com os alunos.

A homologação da obra foi publicada neste mês no Diário Oficial do Município e a construção deve começar em fevereiro.

A Secretaria da Educação esclarece que não há nenhum outro terreno nesta região que se enquadre para a construção da escola. Além disso, é preciso que a distância seja de no máximo 2 km da atual sede, (localizada na Rua Major Acylino de Castro), para facilitar o acesso dos alunos.

Antes de optar pelo atual terreno, localizado na Rua Cruzeiro do Sul, o município solicitou ao Governo do Estado a doação de uma parte da área onde está localizado o Colégio Agrícola, não sendo autorizado, pois a unidade de ensino pretende ampliar o espaço de atendimento.

A nova escola Professora Lucia Marlene terá seis salas de aula, sala multimídia, biblioteca, laboratório de informática, sanitários, salas administrativas, secretaria, refeitório e cozinha, pátio central descoberto, playground e quadra esportiva coberta. As salas serão construídas voltadas para a praça central, com ampla circulação de acesso, criando um ambiente seguro para as crianças. O valor previsto na construção é de R$ 5,4 milhões com prazo de execução em 540 dias.

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12 Comentários
  1. Anônimo Diz

    Absurdo desmatar árvores para construir uma escola, quando tem outras opções viáveis.
    Péssimo exemplo inclusive para os futuros alunos da instituição.
    A preservação ambiental não deveria ser colocada em risco, prefeitura indo contra a agenda 2030 da ONU.
    O desenvolvimento sustentável deveria estar sendo estudado e efetuado na prática, principalmente em nossa cidade.

  2. Henrique Alves Rodrigues Diz

    Esses moradores em torno dessa área técnica tem que se trocar quer ficar em meio a natureza que vão para a amazônia e te que se tocar que escola é mais importante e Foz é desenvolvimento.

  3. Margareth Diz

    Chega ser engraçada essas notícia, primeiro ali é um terreno e não uma praça, e a escola é muita mais importante que um terreno vazio pra agradar meia dúzia de pessoas. Por favor né

  4. Masaja Diz

    A praca tem que ser respeitada, pois cada dia temos menos areas verdes e menos saude. Area para construcao e mais facil de arrumar. Alias a prefeitura deveria preocupar se em construir seus locais administrativos proprios e nao jogar montanhas de dinheiro ao lixo pagando aluguel. Politicos so querem votos

  5. Vera M Arnold Diz

    Eu acho a praça muito linda e bem cuidada.Ja estive várias vezes nesta praça.Na foz tem outros lugares para construir escola.Sou a favor da Natura.

  6. Cle Diz

    Tem gente que adora despejar sua ignorância nas redes sociais, deve está morrendo de calor na cidade vive do turismo ecológico e querendo destruir a natureza Construção de escolas
    nunca foram mais importante que a natureza, paredes não ensinam , que tipo de educação estão dando para estas crianças. Como foi dito há outros terrenos, parabéns ao povo da vila yolando, não a toa é im bairro bonito.

  7. Ingrid Diz

    Com certeza Alessandra, estou com vocês. A praça verde é incrível e bem cuidada pelos moradores locais, eu mesma já presenciei pessoas de outros locais vc om os filhos fazendo piquenique, e outra…precisamos sim preservar e cuidar do que as inda nos resta que é mata, pois que desmata é governo corruptos, . Olha o que vem acontecendo na Amazônia nesses últimos anos , que seres queriam passar a boaiada…Aff, Sou professora também e defendo fielmente a preservação da Natureza, . Paredes cimento, construção, isso já está cheio, e o calor cada vez pior em nossa região. Primeiramente a qualidade de vida. Tenho certeza que se fosse perguntado às crianças até mrsmo as que estudam no local, diriam: “que fique a praça”Bem procurado irão encontrar outro espaço para o Lúcia Marlene, tenho certeza.disso. Prof Aposentada Ingrid Souza

  8. Indignada Diz

    Meu Deus que matéria mais ridícula kkk
    Gente! Meia dúzia de moradores em torno de um terreno PUBLICO (que eles acham que é deles) lutando desesperadamente para impedir a construção de uma ESCOLA para as crianças DO BAIRRO! Isso é inacreditável!
    Sejam honestos!
    – Não é uma praça!;
    – Nunca tem crianças brincado lá, apenas seus cachorrinhos fazendo xixi;
    – Não haverá desmatamento;
    – A escola vai utilizar metade do terreno
    – Vocês não querem uma escola PÚBLICA por capricho e preconceito;
    – Lá não é um quintal exclusivo de vocês, é um bem público!;
    – A grande e esmagadora maioria das pessoas do bairro querem a escola lá e
    – Essa matéria não representa a maioria dos moradores do bairro.
    – Criem vergonha na cara e tenham mais compaixão e empatia pelas crianças que merecem e precisam de uma escola.

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  11. Érica Diz

    Precisa de x metragem? Por que não fizeram o projeto em 2 ou 3 pavimentos? Assim demandaria menos terreno e atenderia à taxa de ocupação necessária e PODERIA SER EM OUTRO TERRENO.
    Por que não fizeram um projeto em curvatura, se adequando à natureza? Tem mesmo que ser esses dois quadrados?
    A demanda é de longa data pelo que se alega, então por que não construíram a escola antes?
    Todo esse fuzuê por que a Prefeitura se precipitou na licitação, captou recursos e agora receia acusação de improbidade administrativa?

    São muitas perguntas. E pelo histórico, a natureza mais uma vez sofrerá.

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