Prefeitura de Foz anuncia volta gradual às aulas presenciais; educadores apontam riscos

Atividades estão previstas para o começo de maio, em cinco escolas municipais, a alunos do 1º e 2º anos do Ensino Fundamental.

Apoie! Siga-nos no Google News

Atividades estão previstas para o começo de maio, em cinco escolas municipais, a alunos do 1º e 2º anos. Professores defendem a continuidade das aulas remotas. 

Em live nas redes sociais, o prefeito Chico Brasileiro (PSD) anunciou o retorno das aulas presenciais na rede municipal de ensino de Foz do Iguaçu para o dia 3 de maio. Pelo modelo apresentado nessa quinta-feira, 22, as atividades serão para alunos do 1º e 2º anos do Ensino Fundamental de cinco escolas.

Conforme a prefeitura, a retomada das aulas em sala será gradativa e foi proposta pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19. A Secretaria de Saúde deverá fazer o monitoramento. “O retorno destas cinco escolas já é uma vitória, mas para podermos voltar com todas o desafio é muito grande”, disse o prefeito.

Ao passo que promove a reabertura de escolas e a flexibilização de atividades, o gestor municipal faz menção à situação de emergência em saúde. Na transmissão pela internet, Chico Brasileiro afirmou ser necessário agir “com cautela e prioridade pela saúde, porque ainda estamos em pandemia”.

Antes mesmo de ser oficializada na live, a proposta de volta às aulas já motiva apreensão e críticas entre educadores. Na tarde dessa quinta-feira, dirigentes do Sinprefi, sindicato que representa trabalhadores municipais da educação, protestaram na frente do Palácio das Cataratas, a sede da prefeitura.

Para a entidade, a preocupação é com a segurança envolvendo o retorno. Desde fevereiro, quando foram retomadas atividades presenciais pedagógicas, oito profissionais da educação do município faleceram por covid-19. A categoria defende a continuidade do ano letivo de forma remota até o controle da pandemia com vacina.

“Quem vai assinar o termo de responsabilidade para esse retorno?”, questionou a presidente do Sinprefi, Marli Maraschin de Queiroz. “Pois não é só a segurança dos profissionais de educação, mas também a dos alunos e de seus responsáveis”, expôs, durante a mobilização em frente à prefeitura.

Professora e diretora do Sinprefi, Viviane Jara Benitez ressaltou que a preocupação é com a saúde da comunidade escolar. “Quando pedimos vacinação para toda a população antes da retomada das aulas presencias é porque já perdemos oito profissionais desde o retorno do trabalho presencial nas escolas”, frisou.

Conforme o sindicato, desde o dia 22 de março é aguardada uma reunião com o prefeito para tratar sobre as aulas na rede municipal. O encontro acaba de ser agendado pela administração municipal para a próxima segunda-feira, 26.

LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.