Argentina enfrenta pior quadro de dengue da história do país

Assim como o Brasil, vizinhos registram explosão de casos e óbitos, provocada pela circulação simultânea de três sorotipos da doença.

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O Ministério da Saúde da Argentina atualizou, nesse fim de semana, os números da dengue referentes ao ano epidemiológico iniciado no segundo semestre de 2023. Conforme o balanço, o país enfrenta o pior quadro de dengue em toda a sua história.

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De agosto de 2023 até a 11.ª semana de 2024, as autoridades argentinas já confirmaram 151.310 casos, sendo 91% autóctones, 6% em investigação quanto à origem e 3% importados de outros países ou de fora do local de residência habitual do paciente.

Mesmo ainda distante do término do ano epidemiológico, que seguirá até o final de julho, a Argentina já superou o total de casos da temporada anterior, que era de 135 mil infectados e 68 falecimentos. No período atual, 106 pessoas perderam a vida em razão da doença.

Quanto à distribuição geográfica, somente as províncias do Sul da Argentina, caracterizadas pelo clima frio, não reportam casos autóctones da doença, que têm três dos quatro sorotipos em circulação no país: DEN-1, DEN-2 e DEN-3, com predomínio do DEN-2, seguido pelo DEN-1.

Fronteira

Localizada na fronteira com o Brasil e o Paraguai, a província de Misiones, onde fica a cidade de Puerto Iguazú, já registra 8.175 casos confirmados na atual temporada, com um detalhe preocupante: desse total, 6.603 foram notificados somente entre janeiro e março de 2024, demonstrando um rápido aumento nos diagnósticos da doença.

Misiones é uma das poucas províncias argentinas a contar com uma campanha pública de vacinação, iniciada no mês de janeiro. No primeiro momento, as doses estavam destinadas apenas às pessoas com idade entre 20 e 40 anos. Atualmente, todos entre 20 e 59 anos podem receber o imunizante.

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