Promotor paraguaio é assassinado durante lua de mel na Colômbia
Marcelo Pecci, atingido por três tiros, era conhecido por investigar casos ligados ao crime organizado.
De férias na Colômbia para a lua de mel, o promotor Marcelo Pecci, do Ministério Público do Paraguai, morreu ao ser atingido por três tiros, na manhã de terça-feira (10), em uma praia na Ilha Barú, destino turístico no litoral de Cartagena. A esposa de Pecci, Claudia Aguilera, não se feriu.
Conforme os relatos difundidos por veículos de comunicação da Colômbia e do Paraguai, pelo menos dois indivíduos, que estavam em um barco, aproximaram-se do casal e efetuaram os disparos. A vítima faleceu no próprio local. O retrato falado de um dos suspeitos já foi divulgado, conforme imagem abaixo.

A polícia colombiana está oferecendo recompensa de P$ 2 bilhões (quase US$ 500 mil) para quem repassar informações que levem à autoria do crime. O presidente da Colômbia, Iván Duque, cobrou empenho máximo para a localização dos envolvidos. Órgãos de segurança dos Estados Unidos disponibilizaram colaboração logística.
Uma das hipóteses investigadas é que Pecci e a esposa estavam sendo seguidos pelos assassinos desde o início da viagem. A participação de criminosos locais, por meio de “parcerias” entre grupos que atuam no Paraguai e na Colômbia, não está descartada.
Em declarações difundidas pelo canal Telefuturo, Claudia Aguilera disse desconhecer a existência de ameaças contra Pecci. Horas antes do atentado, ela havia anunciado, nas redes sociais, que está grávida. “O melhor presente de casamento é a vida”, escreveu.
Investigações
Marcelo Pecci entrou para o Ministério Público do Paraguai em 2000 e assumiu o cargo de promotor em 2009. Sua atuação mais recente era na Unidade Especializada de Luta contra o Crime Organizado e o Narcotráfico, na qual apurou casos como o assassinato de Haylee Carolina Acevedo, filha do governador de Amambay, Ronald Acevedo.
O promotor atuou, também, em investigações ligadas a grupos criminosos que operam o tráfico de drogas na fronteira entre Brasil e Paraguai. Ao jornal Última Hora, Gilberto Fleitas, comandante da Polícia Nacional do Paraguai, informou que será feito um cruzamento de dados entre os casos investigados e possíveis interessados na morte de Pecci.
“Alguns são estrangeiros, de países árabes, ou brasileiros. A maioria dos processos é importante, de crime organizado, narcotráfico, até de terrorismo. Vamos analisar um a um”, afirmou. Marcelo Pecci é o primeiro agente do Ministério Público do Paraguai morto em decorrência do trabalho na instituição.
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