Da vida de luxo à prisão: Paraguai prende contrabandista procurado pelo Brasil

Ele vivia no exclusivo Paraná Country Club, em Hernandarias e era alvo da Operação Cereno.

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Mais um morador vai do exclusivo Paraná Country Club, em Hernandarias, direto pra trás das grades. E, depois, pra extradição ao Brasil.

Desta vez, policiais e promotores da divisão de Crime Organizado de Assunção, depois de alguns meses de vigilância no condomínio de luxo, conseguiram prender Juan Celso Urunaga, procurado pela Justiça brasileira por contrabando em larga escala.

Na casa dele foram encontrados vários passaportes e muitas armas de fogo, por isso a juíza Lici Teresita Sánchez, de Assunção, ordenou sua prisão e translado até a capital paraguaia, para os trâmites prévios de sua extradição ao Brasil.

O nome de Juan Celso Urunaga apareceu durante a investigação da Operação Cereno, no Brasil, que movimentou uma força-tarefa em quatro estados, para desbaratar uma quadrilha de contrabandistas que movimentava cerca de R$ 3 bilhões por ano.

Desenvolvida em cidades do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, a operação policial foi desencadeada em junho do ano passado, depois de três anos de investigações, que começaram em 2015, quando um aviao foi forçado a pousar no Aeroporto Edu Chaves, em Paranavaí, depois de ser alvejado pela Força Aérea Brasileira (FAB), quando retornava ao Paraguai. 

A Operação Celeno resultou em processos contra 86 pessoas, das quais 50 já foram condenadas pela Justiça, que também fez os perdimentos de 12 aeronaves, 63 automóveis e 26 imóveis, além de quantias em dinheiro, de joias, de eletrônicos e de cavalos de raça, estipulando como valor mínimo para reparação de danos à União o total de R$ 116.358.000,00.

Entre os condenados estão líderes de quatro grandes organizações criminosas, envolvidas no maior esquema de importação de anabolizantes e de eletrônicos, por meio aéreo, já realizado no Brasil.

Cada aeronave transportava até 600 kg de mercadorias, com valor estimado em US$ 500 mil. Os fretes eram contratados por agenciadores em Foz do Iguaçu e em Ciudad del Este, segundo o Ministério Público Federal.

Durante as investigações foi constatado que as organizações, quase que diariamente, conduziam aeronaves de Salto Del Guairá, no Paraguai, até pistas clandestinas no interior de São Paulo.

As mercadorias eram encaminhadas para entrepostos de armazenamento, de onde eram transportadas por caminhões até os destinatários finais. 

Os processos que tramitam na Justiça Federal narram a realização de 585 voos clandestinos, e também a prática dos crimes de organização criminosa internacional e de favorecimento real.

Fontes: Última Hora e Ministério Público Federal do Brasil

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