Depois do massacre, Paraguai prepara lista de presos que serão extraditados ao Brasil

Serão 12 ou 14 presos, segundo anunciou à imprensa o ministro do Interior do Paraguai, Juan Ernesto Villamayor.

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O Paraguai já está preparando os trâmites para expulsar entre 12 e 14 presos vinculados ao Primeiro Comando da Capital, responsável pelo massacre de dez detentos, no último domingo (16), na penitenciária de San Pedro.

Segundo o ministro do Interior, Juan Ernesto Villamayor, os presos que serão expulsos são aqueles que têm causas pendentes com a Justiça brasileira. 

O ministro disse que o Paraguai enfrenta uma superpopulação carcerária e, além disso, a presença de grupos criminosos nas cadeias, o que pode provocar novas situações de confronto entre as facções.

No domingo, integrantes do PCC assassinaram dez e feriram outros dez membros do Clã Rotela, um grupo criminoso do norte do Paraguai.

Segundo Villamayor, existem cerca de 400 membros do PCC dentro das penitenciárias do Paraguai, dos quais uns 10% são brasileiros. Os demais são paraguaios "iniciados" no grupo criminoso.

A superpopulação nas cadeias é 700% superior ao número ideal, o que torna difícil isolar os criminosos de alta periculosidade, o que também impossibilita uma política de reinserção efetiva.

A informação do ministro vem em resposta ao que afirmou Wilfrido Quintana, diretor afastado da Penitenciária de San Pedro, onde houve o massacre. 

Segundo o ex-diretor, ainda em 17 de maio ele solicitou a mudança para outras prisões de alguns integrantes do PCC, já que havia tempos que se suspeitava de um possível ataque dos membros da facção criminosa ao grupo rival. "O massacre poderia ser evitado", disse.

Fonte: La Nación

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