H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
O prefeito de Ciudad del Este, Miguel Prieto, é enfático: "Ciudad del Este dependeu, depende e continuará dependendo da abertura da Ponte da Amizade. Não há outra solução, não há outra possibilidade de recuperação".
Em entrevista ao jornal ABC Color, Prieto disse que a Prefeitura montou uma equipe tripartite para apresentar propostas ao governo, no sentido de estabelecer um protocolo sanitário que permite o comércio nas cidades de fronteira.
"Se em agosto não for reaberta a Ponte da Amizade, a situação ficará muito difícil (o prefeito usou uma expressão impublicável em português). As pessoas estão se enchendo de dívidas, ninguém mais vai ter o que comer", alertou.
O prefeito contou que a crise econômica em Ciudad del Este provocou o fechamento de locais gastronômicos icônicos, que não suportaram os dias em que permaneceram sem funcionar, devido à quarentena local.
Segundo Prieto, outros comércios podem fechar, já que, sem as operações com o Brasil, suas vendas caíram estrepitosamente.
As medidas do plano de governo para ajudar o comércio de fronteira não são suficientes. Os comerciantes, disse o prefeito, estão preparados para um eventual protocolo de reabertura, mas quem poderia contribuir para isso acontecer é o ministro da Saúde, Julio Mazzoleni.
Medidas de ajuda
As medidas anunciadas pelo governo paraguaio para reativar o comércio não incluem a reabertura das fronteiras, medida ainda sequer cogitada pelo presidente Mario Abdo Benítez.
A ministra de Indústria e Comércio, Liz Cramer, anunciou um pacote que inclui ajuda aos moradores e a redução de impostos sobre 78 produtos.
Há também previsão de recursos para micros, pequenas e médias empresas.
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