Justiça brasileira emite ordem de captura contra ex-presidente paraguaio Horacio Cartes

Ele é acusado de participação no esquema organizado pelo doleiro Dario Messer de lavagem de dinheiro. Há outros 19 mandados de prisao.

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Policiais federais cumprem hoje (19) 19 mandados de prisão e 18 de busca e apreensão em três estados brasileiros, em uma nova fase da Operação Lava Jato. A ação visa desarticular uma organização criminosa vinculada ao doleiro Dario Messer e tem, entre seus alvos, o ex-presidente do Paraguai Horácio Cartes, que governou o país vizinho de 2013 a 2018.

A operação é chamada de Patron, ou seja, “patrão” em português, uma referência ao apelido dado por Messer ao ex-presidente paraguaio.

O juiz Marcelo Bretas emitiu uma ordem de captura contra Horacio Cartes. Segundo a Polícia Federal, Cartes teria ajudado Dario Messer, o "doleiro dos doleiros", a fugir de autoridades brasileiras e paraguaias.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações identificaram US$ 20 milhões que teriam sido ocultados por Dario Messer, dos quais US$ 17 milhões foram colocados em um banco do arquipélago caribenho das Bahamas e o restante dividido entre doleiros, casas de câmbio, políticos e empresários do Paraguai.

Messer teve sua prisão decretada em maio de 2018 pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro na Operação Câmbio, Desligo. Depois de ficar foragido por mais de um ano, ele foi preso em julho deste ano, acusado de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e participação em organização criminosa.

Os alvos que residem no Paraguai, caso de Horacio Cartes, e nos Estados Unidos foram incluídos na lista vermelha da Interpol, a polícia internacional.

Fonte: Agência Brasil

Atualização

Pedido de prisão ainda não chegou à Interpol do Paraguai

"Ainda não temos nenhum requerimento contra ele (Horacio Cartes). Se é que o juiz solicitou, ainda não estão encaminhando ao sistema da Interpolo", disse Wilberto Sanchez, chefe da Interpol no Paraguai.

Ele informou que, uma vez que a Interpol recebe o código vermelho, solicita a um juiz que emita uma ordem de captura com fins de extradição. É preciso haver a ordem judicial, pois a notificação da Interpol por si só não é válida para fazer a detenção, disse o chefe policial.

Por sua parte, o promotor Manuel Doldán, da área de Assuntos Internacionais, também disse que até o momento não recebeu nenhuma informação oficial sobre a ordem de prisão contra o ex-presidente paraguaio.

Fonte: ABC Color

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