Não acredite nas nuvens. Veja quando vai chover e fazer frio, em Foz do Iguaçu

Esta semana continuará como começou: seca. Previsão é de chuva só na semana que vem, já em maio. E vem o frio.

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H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

Você olha para o céu, logo de manhã cedo, e percebe que há "menos sol". Ele vem, mas a cada dia mais acompanhado de nuvens. São um bom sinal, em tempos de tanta secura. Mas vai chover, então?

Vai, mas só em maio. E isso não é previsão de um ou de dois serviços de meteorologia, mas sim de três! Climatempo, Simepar e CPTEC/Inpe garantem: vai chover no dia 5 de maio, terça-feira da semana que vem. O Inmet não faz previsão para além de cinco dias, por isso não consta chuva nos seus prognósticos.

O Climatempo, de forma isolada, anuncia chuva para o primeiro dia de maio, próxima sexta-feira. No dia 5, junta-se aos demais: vem a sonhada chuva.

Vamos então às previsões, por serviço meteorológico:

Climatempo: pancadas de chuva nao dia 1º de maio. Volta a chover nos dias 5, 6 e 6. Nesta semana, temperaturas mínimas ficam entre 16 (na quarta-feira, dia 29) e 22 graus. Máximas, entre 30 e 31 graus.

Depois da chuva do dia 5, caem as temperaturas, com previsão de mínima de 5 graus nos dias 6 e 7.

Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná). Chuva no dia 5, terça-feira da semana que vem. Até lá, temperaturas mínimas entre 17 e 20 graus. Máximas, entre 28 e 31 graus.

Com a chuva do dia 5, vem ao frio. Mínimna pode chegar a 8 graus e mãxima a 15 graus.

Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe): Também prevê chuva no dia 5. Até lá, sol ou tempo nublado, com mínimas entre 18 ae 22 graus e máximas entre 28 e 31 graus.

E muito frio depois da chuva, na semana que vem. O CPTEC/Inpe prevê mínima de 7 graus já no dia 5, depois 1 grau (!) no dia 6 e 3 graus no dia 7.

Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) – O Inmet só faz previsaões para quatro dias à frente. Aí empata com os outros. Sol e tempo nublado até a sexta-feira, dia 1º de maio. Mínimas, até lá, entre 17 e 25 graus (na quinta, dia 30) e máximas entre 31 e 36 graus.

Seca em Curitiba

O Rio Iguaçu nasce na Serra do Mar e passa por Curitiba, onde estão alguns de seus afluentes, como os rios Belém, Água Verde e Ivo. Foto Wikipedia

A previsão do tempo para Curitiba e região é importante porque a estiagem por lá afeta diretamente a vazão do Rio Iguaçu e, portanto, diminui a a água nas Cataratas.

Para Curitiba, o Climatempo prevê chuvas isoladas no sábado, 1º. Já o CPTEC/Inpe anuncia a chuva para o domingo, dia 2.

O Simepar, por sua vez, prevê chuva nos dois dias, 1º e 2 de maio. Mas bem pouca. Somando a chuva dos dois dias, não vai passar de 8 milímetros.

Nenhum dos serviços prevê chuva na semana que vem, para a região de Curitiba, o que significa que o panorama nas Cataratas do Iguaçu não vai mudar.

O Rio Iguaçu nasce na Serra do Mar e passa por Curitiba, onde tem vários afluentes, todos sofrendo com a estiagem, que já está provocando problemas no abastecimento de água na capital.

A vazão nas Cataratas do Iguaçu nesta segunda-feira, segundo o monitoramento hidrológico da Copel, voltou a ficar abaixo dos 300 metros cúbicos de água por segundo (m³/s). Na semana passada, quando as usinas do Iguaçu soltaram mais água, aprovavelomente ao aumentar a produção, o nível tinha ficado acima dos 400 am³/s.

O cenário continua bonito, no Parque Nacional do Iguaçu, mas bem diferente do normal, que é quando a vazão gira em torno de 1.600 m³/s.

Mas, como se sabe, poucos ( e só a serviço) estão apreciando o efeito da estiagem nas Cataratas. O Parque Nacional do Iguaçu continua fechado para os visitantes, por causa da pandemia de coronaváirus..

Rio Paraná

O Paranazão, que já não merece o apelido. Leito quase seco perto da ilha Acaray. Foto Marcos Labanca

A cota do Rio Paraná na Ponte da Amizade, na manhã desta segunda-feira, 27, está em 94,35 metros acima do nível do mar. É considerada normal pelos técnicos de Itaipu que produzem o Boletim Hidrológico atualizado diariamente no site da usina.

Mas o boletim foi pensado basicamente em informar sobre os riscos de enchente do Rio Paraná. Abaixo de 105 metros é considerada normal; acima de 108 metros já pode começar a provocar enchentes nas áreas mais próximas do rio, como algumas residências no bairro San Rafael, de Ciudad del Este, e os portos de areia, em Foz do Iguaçu.

Está bem longe disso. Digamos que uma cota de 100 metros acima do nível do mar estaria razoável para permitir que as embarcações argentinas e paraguaias tenham acesso normal aos portos para onde levam a produção de grãos, nesta época.

A hidrovia Paraguai-Paraná está muito prejudicada pela estiagem, que não atinge só o Paranazão, mas seus principais afluentes, como o Rio Iguaçu e o próprio Rio Paraguai.

Já em Foz, na região da Ponte da Amizade, o Rio Paraná virou um "point". Sem ter muito o que fazer, iguaçuenses saem de casa para ver como está o rio no trecho em que se divide para contornar a ilha Acaray. A passagem do lado brasileiro para a ilha ainda pode ser feita a pé, com água que não chega às canelas.

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