Escaner vai “denunciar” contrabando em cargas na fronteira

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Um escaner gigante é o novo reforço da Receita Federal de Foz do Iguaçu no combate ao contrabando, descaminho e tráfico de drogas e armas na tríplice fronteira. O equipamento iniciou a fase de testes esta semana e ajudará a identificar mercadorias irregulares em veículos de carga.

Um escaner gigante é o novo reforço da Receita Federal de Foz do Iguaçu no combate ao contrabando, descaminho e tráfico de drogas e armas na Tríplice Fronteira. Considerado de alta tecnologia, o equipamento móvel iniciou a fase de testes esta semana e ajudará a identificar mercadorias irregulares em veículos de carga.

Como funciona num caminhão, o aparelho é deslocado com facilidade para diferentes pontos de fiscalização da cidade e da região, como a Ponte Tancredo Neves (Brasil/Argentina), Eadi (Estação Aduaneira do Interior) e BR 277. Por enquanto, a novidade não será usada na Ponte da Amizade (Brasil/Paraguai) porque a aduana não comporta fisicamente o raio x devido as reformas em andamento.

A expectativa maior é aumentar o número de apreensões na rodovia. Por dia, passam ao menos 500 caminhões pela estrada, mas um número ínfimo de caçambas e contêineres é vistoriado por causa da dificuldade de logística e do próprio efetivo reduzido para efetuar o trabalho. Com o novo aliado, a tendência é amenizar essa deficiência. Neste ano cerca de 15 caminhões foram apreendidos; no passado o total foi de 36.

O escaner é manuseado por dois técnicos, terceirizados, que sempre são acompanhados por uma equipe de auditores. O monitor identifica objetos estranhos à carga e fundos falsos conforme a densidade e cor dos itens submetidos à análise. É possível perceber, por exemplo, a presença de armas, drogas ou produtos de informática escondidos no meio de um carregamento de farinha, feijão ou soja.

Todo frete com corpo alheio à mercadoria descrita na nota fiscal do transportador será vistoriado pessoalmente pelos fiscais. Segundo o supervisor geral de operações da Receita Federal, em Foz, Gilberto Buss, o equipamento não vai escanear veículos menores, como utilitários e ônibus, porque a legislação restringe o uso de raio x em pessoas.

Na opinião dele, o escaner aliado representa mais um passo significativo da instituição na retomada do controle aduaneiro na fronteira. Primeiro concentramos as atenções nos ônibus, depois nos veículos pequenos e meios transportes menores. Agora chegou a hora dos caminhões, completou Buss. Outro aparelho semelhante existe em Paranaguá, finalizou o supevisor.

(Gazeta do Povo)

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