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Por AIDA FRANCO DE LIMA | OPINIÃO
Recentemente a prefeitura de Foz do Iguaçu anunciou que o Bosque dos Macacos, no Jardim Ipê, finalmente foi transformado em um Parque Natural Municipal. Deste modo, a área passará a ser preservada e ainda vai gerar recursos financeiros, através do ICMS Ecológico. Como dizem as mães: ‘não fez mais que a obrigação’.
Porém, como toda e qualquer conquista em prol do meio ambiente, essa não veio sem esforço. Foi a duras penas, pelos, árvores, patas. Ocorre, que antes da decisão pela sua proteção, a área foi bastante ameaçada e degradada, inclusive com desmatamento de trecho significativo de 1.528,21 m², no dia 03 de abril de 2022.
Não foi do nada que o poder público acordou e decidiu: ‘hoje vou cumprir a lei, proteger a nossa importante biodiversidade’. Foi mesmo, na base da pressão dos movimentos sociais, do cidadão comum, do internauta, do leitor indignado, ecoada por raros veículos de comunicação, como esse H2Foz.
Tem uma frase que diz, que quem apanha não esquece. E quanto esse Bosque apanhou! E quando tentamos alertar!
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Audiência pública no dia 13 debaterá futuro de áreas verdes em Foz do Iguaçu 06 de jan. de 2023 – Meio Ambiente
Foz do Iguaçu e a sanha de destruição de suas áreas verdes 07 de fev. de 2023 – Leitor
Os links citados acima, foram alguns dos principais conteúdos publicados pelo H2Foz, que abriu espaço para uma importante discussão que afeta a todos: a sustentabilidade. Isso demonstra o papel relevante que os canais midiáticos significam para alertar sobre os problemas localizados, que muitas vezes são ignorados pelas autoridades. Por mais que a comunidade lute, ela precisa que o assunto seja pautado. E como pautamos! E, antes tarde do que nunca, veio a sábia decisão:
“Temos no local chamado Bosque dos Macacos, uma ilha verde de grande beleza natural cercada por casas e ruas com tráfego de veículos e pessoas. Ao transformar o espaço em unidade de conservação, vamos garantir a preservação dos pequenos primatas que lá vivem e também do bosque que é motivo de orgulho dos moradores daquela região e de toda Foz do Iguaçu”, disse Chico Brasileiro ao assinar o decreto .
(Release publicado em 13-01-2023, pela Prefeitura de Foz do Iguaçu)
Sim, sempre foi dever do poder público zelar pela nossa biodiversidade. E agora que o problema das mudanças climáticas extremas bate à porta, essa obrigação ficou ainda mais escancarada. Afinal, quando falamos em problemas ambientais, estamos tratando da soma dos pequenos acontecimentos, que geram impactos globais.
Estamos chegando perto do Dia das Mães e precisamos lembrar do quanto a ‘Mãe Natureza’ tem sido desrespeitada. O mesmo que aconteceu com o Bosque dos Macacos, está ocorrendo também com a Praça das Aroeiras, cujo local está sendo cobiçado para dar lugar ao prédio de uma escola. Ambos espaços essenciais, que precisam existir sem que um comprometa a presença do outro. Não tem sido por falta de alertas. A sociedade está lutando, e mais uma vez dando voz à “Mãe Natureza”, que como todas as outras mães, não costuma falhar e lá na frente, certamente irá lembrar: ‘eu avisei’.
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