Governador de Alto Paraná apoia “paseros” e vai pedir liberação de importações pequenas pela Ponte da Amizade

O pedido foi feito pelos “paseros” e por motoristas que têm veículos de pequeno e médio porte, hoje impedidos de vir ao Brasil.

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H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

Os caminhoneiros que têm veículos de pequeno e médio porte e fazem em períodos normais a travessia de produtos brasileiros, conseguiram um apoio importante: o governador de Alto Paraná, Roberto González Vaesken, vai pedir que o governo do Paraguai libere as importações de pequeno porte do Brasil, informa o jornal La Clave.

Os caminhoneiros, que ameaçavam fazer protestos, reclamam que, com a quarentena, estão sem trabalho e sem possibilidade de garantir o sustento da família.

A promessa do governador foi logo depois de uma reunião que os motoristas e os pequenos importadores (conhecidos como "paseros") tiveram na terça-feira, 26, com o administrador de Aduanas de Ciudad del Este, Nelson Fleitas.

“Estamos muito preocupados com a falta de dinheiro em circulação e de trabalho no departamento. Vou viajar a Assunção levando a proposta dessa gente dos despachos menores", disse o governador.

E completou: "O que queremos?  Que se permita o acesso ao lado brasileiro. Ao não se permitir o tráfego de caminhões pequenos, automaticamente a essas pessoas é quase impossível trabalhar", avaliou ainda González Vaesken.

A proposta que ele vai apresentar ao presidente Mario Abdo Benítez (ele tem reunião marcada com o presidente nesta quinta, 28, em Assunção) é de que seja autorizado pelo menos o ingresso de mercadorias em caminhões com capacidade de 5 toneladas, tudo dentro das normas sanitárias correspondentes e exigidas nas exportações e importações maiores, pela Ponte da Amizade.

O pedido dos trabalhadores é para que possam entrar com frutas e verduras, confirmou Nelson Fleitas. "Os paseros solicitam a habilitação de veículos de médio porte porque hoje em dia estão suspensas as importações menores. Em caso de autorização das autoridades sanitárias, serão tomadas as medidas correspondentes na zona primária", garantiu.

Eugenio Paredes, da Associação dos Paseros de Alto Paraná, está esperançoso. "Várias vezes nós já falamos com o administrador de Aduanas, que tem muito boa predisposição. Com o governador, agora, há uma esperança enorme de que seja liberada a passagem de mercadorias a partir desta semana. Com isso, buscamos pacificar os ânimos, porque as pessoas já não aguenta mais".

Ainda segundo Paredes, "o governo não consegue dar conta nesses momentos e sabemos que milhares de pessoas dependem da passagem fronteiriça".

Explicou que, com a liberação, os "paseros" vão poder pedir as mercadorias até por telefone. "A carga chega aqui (em Ciudad del Este), se fazem os procedimentos sanitários, a liberação e logo se leva o carregamento até nosso local em Hernandarias, de onde distribuímos a nossos associados, sempre respeitando as medidas sanitárias".

Na Ceasa

A proibição da vinda de caminhões de pequeno porte do Paraguai fez cair muito a venda na Ceasa de Foz do Iguaçu, onde eles normalmente se abastecem de frutas e verduras para atender o mercado das cidades da fronteira.

 

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