Meta dos projetos Onças e Yaguareté: chegar a 250 indivíduos. Hoje, são 103

Resultado de 16 anos de trabalho mostra que é possível. Nos anos 1990, onças estavam quase em extinção. Número cresceu de forma sustentável desde lá.

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Depois de um trabalho conjunto de entidades do Brasil e da Argentina, durante 16 anos, o número de onças nos parques nacionais dos dois países, hoje, está em contínua elevação, ao contrário dos anos 1990, quando houve uma drástica redução, que quase levou a espécie à extinção.

Do lado brasileiro, há o projeto Onças do Iguaçu (Parque Nacional do Iguaçu e ICMBio); do lado argentino, o Projeto Yaguareté. O resultado é que o número de onças, que em 2003 variava entre 30 e 54 indivíduos, hoje é de 103 indivíduos, mais de um terço das 250 onças que vivem em toda a Mata Atlântica.

A recuperação é lenta, mas de forma sustentável, disse Agustín Paviolo, líder do Projeto Yaguareté.

"É um resultado de relevância mundial, já que a maioria das populações de onças vem declinando e, nesta região, estamos demonstrando que a recuperação da espécie é possível", disse, ainda.

Manuel Jaramillo, diretor-geral da Fundação Vida Silvestre Argentina, afirmou que o resultado "nos obriga a seguir trabalhando ainda com mais esforço para atingir a meta de alcançar uma população de 250 indivíduos e, com isso, tirar a espécie do risco de extinção".

Os dados conhecidos sobre as onças são resultado do registro em mais de 440 mil fotografias, obtidas com câmeras posicionadas em mais de 200 estações e em locais de pesquisa, resultado de um esforço de meses de trabalho de campo e, depois, de análises por parte dos investigadores.

As câmeras que acompanham os felinos estão instaladas no Parque Nacional Iguaçu e no Parque Nacional Iguazú, em reservas e refúgios privados e também em áreas de reflorestamento.

O desafio de atingir a meta proposta inclui esforços para conservar e interligar remanescentes de selva, reduzir a pressão da caça ilegal sobre a onça e suas possíveis presas, bem como diminuir os atropelamentos de fauna silvestre nas estradas.

Outra preocupação é com eventuais conflitos com proprietários de áreas silvestres, onde às vezes as onças vão em busca de alimentos e são abatidas.

Os resultados do trabalho das instituições foram apresentados em entrevista coletiva, em Puerto Iguazú, na sexta-feira, 29, Dia Internacional da Onça.

Fonte: La Voz de Cataratas

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